segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Caju, Índio, Primo. Babel, Bitel, Feia… Apelidos do listão

O ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) era “Babel” e teria ficado com 5,8 milhões de reais do esquema
Por Reinaldo Azevedo
access_time10 dez 2016, 06h18 - Atualizado em 10 dez 2016, 07h56chat_bubble_outlinemore_horiz

Na VEJA.com:
A delação do lobista da Odebrecht Claudio Melo Filho que VEJA publica na atual edição traz, além de revelações bombásticas sobre o esquema de corrupção comandado pela empreiteira, uma curiosa lista com os apelidos dos políticos envolvidos na organização criminosa.

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB-RS), apontado pelo delator como o operador dos repasses da empresa destinados a Temer, era chamado de “o Primo”, parte dos 10 milhões de reais pagos a pedido de Temer foi entregue em seu escritório. Outro beneficiário do valor solicitado pelo atual presidente da República, segundo Melo Filho, foi um dos protagonistas da política brasileira em 2016, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mencionado com o maravilhoso apelido “Caranguejo”.

O presidente do Senado, Renan Calheiros, parceiro de “Caju”, ou Romero Jucá, também tinha o seu codinome: “Justiça”. Eles trabalhavam duro pelos interesses da Odebrecht ao lado do companheiro Eunício Oliveira (PMDB-CE), o “Índio” — ele embolsou 2,1 milhões de reais, diz Melo Filho.

O ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) era “Babel”, e teria ficado com 5,8 milhões de reais do esquema. Seu irmão, deputado Lúcio Viera Lima (PMDB-BA), é “Bitelo” (1 milhão de reais).

“Corredor” era como também atendia Duarte Nogueira (PSDB-SP), que levou 350 000 reais. O deputado Marco Maia (PT-RS) era o “Gremista” e teria ficado com 1,3 milhão de reais da empreiteira. Daniel Almeida, deputado do PCdoB-BA, teria recebido, se a delação estiver correta, 100 000 reais.

As mesadas da empreiteira não escolhiam partido: agraciaram do senador Ciro Nogueira, o “Piqui”, presidente do PP, à senadora Lídice da Mata, a “Feia”, do PSB.

Há outros apelidos bem sugestivos: Jaques Wagner era “Polo”; Delcídio do Amaral, Ferrari. O ex-deputado Inaldo Leitão é o “Todo Feio”. Moreira Franco é “Angorá”, e o Heráclito Fortes, “Boca Mole”. Jim Argelo é Campari, e o deputado Paes Landim (PTB-PI) era o decrépito…

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