quinta-feira, 4 de maio de 2017

TARAUACÁ: Artigo: O meu objetivo é a política sem politicagem*


A vida parece sempre querer favorecer a impunidade, mas continuo lutando e buscando meu sonho de ver a política melhorar, acabando com a corrupção. Assim entrei para a política, mas nunca concorri para cargos eletivos, pois a minha atuação se limitou aos bastidores, buscando melhorias para Tarauacá e para o Acre.

Essa vontade de participar da vida pública veio com a história de vida de meus pais que, moradores da zona rural, puderam me proporcionar o acesso a escola depois dos 9 anos de idade. Não é uma história semelhante a da ex-ministra Marina Silva, mas possui a mesma dureza, a mesma realidade da falta de políticas efetivas para garantir o ensino, a alfabetização, o direito a um trabalho digno a todos.

Ao chegar à cidade, mesmo sendo uma criança, fui obrigado a trabalhar para ajudar meus pais, então vendia produtos nas ruas de Tarauacá. Não quero o sentimento de pena, pois apenas narro a vida que tive e que muitas pessoas também passaram, incluindo os meus irmãos. O objetivo é mostrar que a realidade deveria ser outra, tendo o poder público assistido às famílias.

A busca pela política passou a ser um objetivo de vida, mas não como fonte de renda, o que muitos fazem. Para garantir renda e sustendo de meus filhos e esposa, eu trabalho, tenho empresas construídas do zero, sem assistência governamental, sem vantagens, sem jeitinho, e emprego muitas pessoas que passaram por muitas dificuldades.

Assim a política deveria ter outro sinônimo ao que hoje as pessoas associam quando visualizam um político, e eu luto por essa mudança. Foi com essa ideia que apoiei Marilete Vitorino, uma pessoa que prometeu fazer diferente, mas que já na campanha passou a demonstrar sua verdadeira face.

Como honro a minha palavra, o trabalho de coordenação de campanha continuou, mas, desiludido, principalmente depois de ter sido escalado pela própria prefeita a dar combustível para eleitores. Quero frisar que a conduta é errada e a estrutura de campanha deveria ter sido utilizada para garantir o trabalho dos apoiadores, cabos eleitorais, fiscais dos partidos e dos próprios candidatos, mas acabei obrigado pela candidata e prefeita eleita a ser testemunha dos crimes cometidos por ela.

As ameaças que fui vítima são evidentes e mostram até onde chega o ser humano que deseja conquistar a vitória a qualquer custo, o que inclui dar combustível.

Quiseram comprar meu silencio, ofereceram cargo e vantagens, mas preferi ficar com o rendimento que conquistei de forma honesta, dentro das minhas empresas e preferi contar a verdade. Sou presidente do PP para ajudar na mudança deste Estado, não para cometer irregularidades.

A velha política não me calará e seguirei até o fim, denunciando todas as ilegalidades, buscando um país justo e perfeito para todos os brasileiros.

*Grandi Ameida

Empresário e presidente da executiva municipal do PP de Tarauacá

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