terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Rocha quer intervenção federal na segurança




Ao exemplo do que está acontecendo no Rio de Janeiro, aonde o presidente Michel Temer decretou intervenção federal pela Forças Armadas na secretaria de Segurança, o deputado federal Major Rocha (PSDB) deverá entregar esta semana no Ministério de Justiça um pedido para que a intervenção se repita na secretaria de Segurança do Acre. O argumento é que, segundo ele, o combate à criminalidade com as forças de seguranças regionais tem se mostrado pouco eficaz, por falta das condições ideais de trabalho. O ato de entrega do pedido irá acoplado com um dossiê sobre o número de execuções, com cenas de decapitações, que aconteceram no Estado. O pedido será assinado apenas pelo deputado federal Major Rocha (PSDB). Vai argumentar que a criminalidade está completamente fora de controle. Nenhum outro integrante da bancada federal acreana subscreveu até o momento o citado documento.

EPISÓDIO ORLEIR CAMELI
Será o segundo pedido oficial de uma intervenção federal no Acre. Já aconteceu durante o governo Orleir Cameli, a diferença é que na ocasião foi pedida uma intervenção no Estado para tirar Orleir do governo. A solicitação foi feita ao então ministro da Justiça, Nelson Jobim, pelos senadores Nabor Junior (PMDB0, Marina Silva (PT) e Flaviano Melo (PMDB). Foi rejeitada.

ATO POLÍTICO
A ação do deputado federal Major Rocha (PSDB) ao pedir intervenção federal na secretaria de Segurança do Estado é mais um ato político que lhe permitirá surfar nas ondas da mídia. Como aconteceu em relação ao Orleir Cameli, o pedido do Rocha também será engavetado pelo ministro da Justiça..

AÇÃO DE BANCADA
A bancada federal acreana também vai marcar audiência com o ministro da Justiça, para que as emendas impositivas para a Segurança, que eram de 70 milhões e reduzidas para 39 milhões de reais pelo presidente Temer, dos quais não chegaram um centavo, sejam liberados.

EMENDAS LIBERADAS
Da bancada federal as únicas emendas individuais para a Segurança liberadas foram uma de 5 milhões de reais do deputado federal Alan Rick (DEM) e uma do deputado federal César Messias (PSB) de 250 mil reais. Teríamos uma situação melhor se os 70 milhões tivessem vindos para a Segurança. É, pois, positiva a pressão que a bancada federal vai fazer em Brasília.

SEM CREDIBILIDADE
Os prefeitos acreanos vão à Brasília esta semana pedir ao governo federal que as emendas destinadas à recuperação de ramais não sejam liberadas para o DERACRE, mas para as prefeituras. O argumento é que as obras pelo órgão são mais caras que as executadas pelos prefeitos.

PORTAS ABERTAS
Um grupo de políticos da oposição vai procurar esta semana o empresário Jarbas Soster, que fez uma série de denúncias contra o governo, para que venha se somar ao bloco de oposição. A coluna pode adiantar que Soster não aceitará, por ter boa relação com o candidato ao governo do PT, prefeito Marcus Alexandre. Sua briga é restrita, ao governador Tião Viana.

NÃO MUDA O QUADRO
A não ser que aconteça uma grande zebra, o quadro nos dois colégios eleitorais do Acre deverá ser o seguinte: o prefeito Marcus Alexandre (PT) vencerá a eleição em Rio Branco e o senador Gladson Cameli (PP) em Cruzeiro do Sul. E a disputa se decide nos demais municípios.

COM A BOLA TODA?
Estaria sendo montada uma estrutura gigante na prefeitura de Rio Branco para a secretária da Juventude, Temilys Silva, que disputará uma vaga de deputada estadual pelo PT? A pergunta é para conferir a informação que me chegou ontem por uma fonte política bem informada.

OU VIRA UM FANTOCHE
O candidato ao governo, senador Gladson Cameli (PP), pode começar bem ou mal a sua campanha. Só não pode mais ficar a mercê do bom ou mau humor do MDB, quanto à indicação do nome do vice da sua chapa. Aliás, de nenhum partido! Ou o Gladson define já o nome que quer como vice e seja ele qual for; que lhe for simpático, da confiança, limpo judicialmente, que possa acrescentar algo eleitoral à sua chapa, ou vai virar um fantoche de interesses partidários pessoais. Se virar um fantoche e ganhar a eleição, ele será um alvo fácil para as velhas raposas políticas. A imagem que tem passado é a de que lhe falta pulso. Determinação. E isso não lhe é positivo. Ou dá um grito de liberdade e independência ou vai amargar problemas futuros se vencer. Um candidato ao governo que não tem o direito, força de apontar quem quer como o seu vice? Aonde é que se viu isso? Só na oposição acreana. Quando o Flaviano Melo foi candidato a prefeito não ouviu ninguém, reuniu os partidos e anunciou que só seria candidato à PMRB se indicasse o Isnard Leite para o seu vice. Indicou e ganhou a eleição. Debater é democrático, baixar a cabeça é humilhação política. Não tem meio termo.

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