domingo, 13 de maio de 2018

Pancadaria entre Vagner e Ilderlei no Vale do Juruá deixa Cameli em fogo cruzado


Nunca o clima entre duas das maiores lideranças da oposição no Juruá esteve tão tenso. A acusação do Colégio de Procuradores da prefeitura de Cruzeiro do Sul de que houve um desvio na ordem de 100 milhões de reais nas gestões do ex-prefeito Vagner Sales (MDB), correspondente a descontos nas folhas dos servidores, mas que não foram repassados aos órgãos previdenciários, é mais um capítulo da relação conflituosa que se estabeleceu entre o prefeito Ilderlei Cordeiro e o ex-prefeito Vagner Sales. E vai agravar-se mais com o pedido de Auditoria para as contas do ex-prefeito Vagner e de instauração de inquérito policial, peça inicial para que devolução do supostamente arrecadado e não repassado à Previdência, retorne aos cofres municipais. Isso é muito ruim para a campanha do candidato ao governo, Gladson Cameli (PP), que fica num fogo cruzado na briga entre os seus dois principais aliados no Juruá. Terá que ter, por exemplo, dois palanques na campanha, um para abrigar o grupo do Vagner e o outro para o grupo do prefeito Ilderlei. A carnificina mostra que a oposição está longe de superar os seus problemas internos de falta de unidade. O clima continua de pancadaria e tende a aumentar á medida que a eleição for para a rua.

TUDO UMA GRANDE CHANCHADA
O ex-prefeito Vagner Sales (MDB) disse à coluna ser tudo um grande espetáculo para lhe prejudicar politicamente: “você sabe que nenhum município que deixar de pagar seus encargos pode receber verbas federais. Quando assumi o município estava inadimplente, o coloquei como adimplente e durante 8 anos da minha administração nunca deixei de pagar impostos na Receita Federal. Se não pagasse não teria o município adimplente e não tinha recebido e aplicado mais de 180 milhões de reais de convênios. Estou tranqüilo pois sei o que fiz na minha gestão, podem vasculhar que não vão encontrar nada de errado”.

TEM QUE PESAR BEM
Esta acusação do grupo do prefeito Ilderlei Cordeiro (PP) tem que ser vista com cautela para separar o que faz parte de uma briga política do que é administrativo. O que parece estranho é esta acusação de desvio de descontos da folha salarial que iria para os órgãos previdenciários. Se não tivesse havido o recolhimento o Vagner não teria aplicado um centavo de emendas parlamentares. Quem conhece um mínimo de gestão detecta de cara a anomalia.

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