quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Temer dá mais 10 bilhões de reais para comprar deputados na reforma da previdência

Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

10/01/2018

Na tentativa de, literalmente, aprovar a reforma da Previdência a qualquer custo, Michel Temer vai reforçar a munição do ministro Carlos Marun (MDB-MS) com até R$ 10 bilhões para a finalização de obras em redutos eleitorais de quem votar pela reforma da Previdência; Marun já vinha, desde o ano passado, chantageando políticos para tentar aprovar a reforma e condicionando a liberação de verbas federais à angariação de votos favoráveis às mudanças; terão prioridade os projetos em andamento que necessitam de pouco dinheiro para serem inaugurados ou entrarem na fase final próximo à data das eleições; governo trata essas obras como “de campanha” porque podem gerar votos nos municípios afetados

247 – Michel Temer partiu para o vale tudo para aprovar a reforma da Previdência. Ele reforçará a munição do ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB-MS), com até R$ 10 bilhões para a finalização de obras em redutos eleitorais de quem votar pela reforma da Previdência.

Assessores presidenciais dizem que essa será uma das “armas” para pressionar o Congresso na volta do recesso. O dinheiro sairá da própria economia gerada em 2018 com a eventual aprovação das novas regras da Previdência.

De acordo com o governo, cálculos da equipe econômica indicam que os gastos com benefícios que deixarão de ser feitos imediatamente após a reforma vão gerar uma sobra de R$ 10 bilhões no caixa se a mudança ocorrer ainda em fevereiro.

Terão prioridade os projetos em andamento que necessitam de pouco dinheiro para serem inaugurados ou entrarem na fase final.

Entre eles estão ajustes finais na duplicação da rodovia Régis Bittencourt, na serra do Cafezal, obra praticamente concluída; a segunda fase da linha de transmissão de Belo Monte; a BR-163, no Pará, os aeroportos de Vitória (ES) e Macapá (AP) e a ponte do rio Guaíba (RS).


O governo trata essas obras como “de campanha” porque podem gerar votos nos municípios afetados. Na avaliação da equipe política do governo, isso faz diferença no momento em que as verbas de campanha estão travadas pelo Orçamento nos dois fundos destinados às eleições.

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