quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Seca do Rio Juruá faz com que vendedores importem peixes de outras regiões


Por Taís Nascimento

O período de Maio a Outubro é conhecido em Cruzeiro do Sul como a época de fartura de peixes e das famosas piracemas. Esse ano, entretanto, os vendedores estão precisando buscar peixes em outras regiões como em Boca do Acre, já no Amazonas, para completar a demanda necessária para atender a população que consome mais de 20 toneladas de peixe por mês.

Os peixes são transportados em caminhões pela BR 364 até Cruzeiro do Sul. Segundo o comerciante Edvaldo Gomes os cruzeirenses ficariam sem pescados se não fosse a busca em outras regiões. “O Rio não encheu, então estamos trazendo de fora e se não fosse esse peixe nós estaríamos passando era fome”, destaca.

Ainda segundo Gomes, os pescados são de boa qualidade e chegam mais rápido, mas para alguns consumidores como a dona Maria da Conceição de Souza o peixe do Rio Juruá ainda é o preferido. “A diferença é porque o peixe da nossa região é diferente é mais fresco, por causa do hormônio. Mas mesmo assim eu vou levar um pouco desse,” diz.

Cerca de 5 toneladas desse peixe chegam por mês em Cruzeiro do Sul e por causa disso alguns pescadores e vendedores começaram a reclamar. Francisco Valdecir, presidente da associação de vendedores de peixe, fala que não há motivos para eles se preocuparem. Ele afirma ainda que o preço dos pescados trazidos de fora é menor e com isso quem ganha é a população. “Nós não podemos impedir que o peixe entre no mercado e o preço está mais acessível”, destaca.

Alguns pescados chegaram ao preço de R$ 18 a R$ 20 reais, ainda segundo Valdecir, os peixes importados além de melhor qualidade são mais baratos.”Hoje a gente tá vendendo esse peixe que chega da Boca do Acre como o Caparari e Surubim a R$ 15 e R$ 16 reais”, finaliza

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