segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Servidores com farda do Depasa são flagrados em suposta campanha para Edvaldo Magalhães

Vestidas com farda do Depasa, duas pessoas foram flagradas neste domingo, 23, nas margens do rio Gregório, em Tarauacá, no local em que há um pequeno vilarejo, em suposta campanha política para Edvaldo Magalhães, ex-diretor-presidente da instituição, candidato a deputado estadual pelo PCdoB.

As imagens feitas no local do suposto crime eleitoral mostram uma senhora, um homem com um boné com camiseta de manga longa, uma mulher com óculos escuros, vestida com uma camisa verde com adesivos afixados de Edvaldo Magalhães; e um rapaz também com uma camiseta verde de manga comprida com as marcas do governo do Acre e do Depasa e uma prancheta na mão com possíveis anotações. Isso em pleno domingo, dia em que não há serviço no órgão, a não ser em casos de emergência.

Os supostos servidores estariam pedindo votos e cadastrando famílias com promessas de que elas receberão, após as eleições, água tratada em casa.

Procurado, Edvaldo Magalhães, ao ser perguntado pela reportagem de ac24horas se há alguma orientação para que servidores do Depasa, comissionados ou não, usem a estrutura do órgão para pedir votos, respondeu: “Nunca utilizei na minha vida inteira de nenhuma estrutura pública para campanha. Estou afastado do órgão conforme estabelece a legislação. Nenhum servidor do Depasa está realizando cadastramento para este fim. Desconheço e não acredito nesta denúncia”.
O que diz o Depasa

O atual diretor-presidente do Depasa, ex-deputado Moisés Diniz, também do PCdoB, que substituiu Edvaldo Magalhães na chefia da instituição, acredita que tudo não passa de uma “armação”.

Moisés disse que “o Depasa não trabalha aos domingos, a não ser em emergências nas cidades, em casos de vazamento de água ou de esgoto”.

Ele acrescentou que “não há nenhuma ação do Depasa na BR 364, na região do Rio Gregório”. “Consultei todos os diretores do Depasa da região do Juruá e do Tarauacá e essa possibilidade não existe”, continuou.

O ex-deputado afirmou que vai solicitar formalmente as fotos “para que seja aberto um processo de investigação, seja de caráter administrativo ou criminal para identificar quem cometeu crime, seja que tipo for”.

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