segunda-feira, 15 de outubro de 2018

MOISÉS DINIZ “POR UMA ESQUERDA RENOVADA E ÉTICA”


A esquerda brasileira vem errando feio na forma de combater Bolsonaro. Erra na forma e, principalmente, no conteúdo.

Todo o discurso radical contra Bolsonaro falhou, todos os adjetivos pesados não foram ouvidos pelo povo, toda denúncia contra o ódio e toda valentia de nossa militância não geraram votos.

Acredito que só seremos vitoriosos se convencermos a população de que Haddad e Manuela irão corrigir os erros e os rumos da esquerda.

A esquerda precisa combater a violência com mais rigor no Código Penal, abrindo a possibilidade de uma nova constituinte, que permita aprovar prisão perpétua para crimes hediondos.

A esquerda precisa se dispor a reabrir a discussão sobre o estatuto do desarmamento, possibilitando que cidadãos de bem possam portar armas, em suas propriedades (e não na rua) e sob rígidas condições.

A esquerda precisa assumir uma reforma política que reduza o número de políticos no Brasil, corte os privilégios e crie um controle social rígido contra a corrupção.

É que nos governos Lula e Dilma, os políticos continuaram com os mesmos privilégios, o mesmo toma-lá-dá-cá, a mesma podridão. Aliás, a governabilidade foi mantida com eles. A esquerda precisa dizer que vai enfrentar essa infecção.

A esquerda não deve permitir que temas ligados à moralidade se tornem agendas públicas. Esses assuntos devem ficar restritos à família e às igrejas. O Estado deve interferir apenas nas relações contratuais, de caráter público.

Haddad e Manuela devem estar abertos à possibilidade de privatizar estatais ineficientes e que não representem prejuízo à soberania da nação e do povo. Cabe ao Estado dividir com a iniciativa privada as áreas de atuação, preservando o cuidado com os interesses dos brasileiros mais pobres e das regiões distantes e atrasadas economicamente.

Haddad e Manuela devem criar uma força-tarefa contra o crime organizado, com recursos financeiros, inteligência e armamento, e com apoio jurídico e salarial para as forças policiais.

E, finalmente, a esquerda precisa tratar o Estado de forma verdadeiramente republicana, sem proteger ou privilegiar partidos ou grupos sociais.

Haddad e Manuela devem assumir o compromisso de que vão radicalizar na valorização do Professor, sempre esquecido no Brasil.

Dizer que vai cuidar dos mais pobres e fortalecer os programas sociais, é só pra lembrar, porque isso já é obrigação da esquerda.

#Haddad e Manuela 13
Por Moisés Diniz

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