terça-feira, 23 de outubro de 2018

S.O.S SALERTA TARAUACÁ

Zika, chicungunha e dengue: saiba diferenciar.
Por terem sintomas muito parecidos, essas doenças podem ser facilmente confundidas
As três doenças são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti
Foto: Bernardo Soares/Acervo JC Imagem

Dengue, Zica e Chicungunha são doenças adquiridas através picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti, mais conhecido como mosquito da dengue. Somente a fêmea é hematófaga, ou seja, somente ela se alimenta de sangue humano porque precisa dos elementos presentes no sangue para postura dos ovos.
Apesar de haver muitas coisas em comum entre elas, há diferenças importantes, veja só:
Quanto aos sintomas
Dengue: o primeiro sintoma da Dengue é a febre alta, entre 39° e 40°C. Tem início repentino e geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira no corpo. Pode haver perda de peso, náuseas e vômitos.
Chikungunya: apresenta sintomas como febre alta, dor muscular e nas articulações, dor de cabeça e erupções na pele. Os sinais costumam durar de 3 a 10 dias.
Zika: tem como principal sintoma as erupções na pele com coceira, febre baixa (ou ausência de febre), olhos vermelhos sem secreção ou coceira, dor nas articulações, dor nos músculos e dor de cabeça. Normalmente os sintomas desaparecem após 3 a 7 dias.
Quanto aos perigos e complicações
Dengue: a principal complicação é a desidratação grave, que ocorre sem a pessoa perceber. Por isso, é importante tomar bastante líquido quando a pessoa estiver com Dengue.
Chikungunya: a principal complicação é a permanência, por longo tempo, das dores e inchaço nas articulações, às vezes impedindo as pessoas de retornarem às suas atividades.
Zika: as complicações mais observadas têm sido as manifestações neurológicas como paralisia facial e fraqueza nas pernas, a exemplo do desenvolvimento da Síndrome de Guillain-Barré.
Quanto ao tratamento
Apesar da similaridade dos sintomas, o tratamento é diferente para cada doença, daí a importância de prcurar atendimento médico quando houver qualquer um desses sinais.
Evite sempre a automedicação!
Quanto à prevenção
Como ainda não há vacinas ou drogas antivirais, temos que prevenir através do combate ao mosquito e isso é uma questão de atitude, veja só:
Prevenção domiciliar: eliminar a água armazenada em qualquer tipo de depósito, impedindo o acesso das fêmeas grávidas por intermédio do uso de telas/capas ou mantendo-se os reservatórios ou qualquer local que possa acumular água, totalmente cobertos. Em caso de alerta ou de elevado risco de transmissão, a proteção individual por meio do uso de repelentes deve ser implementada pelos habitantes.
Individualmente: o ideal é utilizar roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia quando os mosquitos são mais ativos podem proporcionar alguma proteção contra as picadas dos mosquitos e podem ser adotadas principalmente durante surtos, além do uso repelentes na pele exposta ou nas roupas.
Procedimentos de controle de vetores: as orientações da OMS e do Ministério da Saúde do Brasil para a dengue fornecem informações sobre os principais métodos de controle de vetores e devem ser consultadas para estabelecer ou melhorar programas existentes. O programa deve ser gerenciado por profissionais experientes, como biólogos com conhecimento em controle vetorial, para garantir que ele use recomendações de pesticidas atuais e eficazes, incorpore novos e adequados métodos de controle de vetores segundo a situação epidemiológica e inclua testes de resistência dos mosquitos aos inseticidas.
(fonte: Portal da Saúde - Ministério da Saúde)
Curiosidades
Apenas uma fêmea do Aedes Aegypti pode dar origem a 1.500 mosquitos durante a sua vida. Os ovos são distribuídos por diversos criadouros – estratégia que garante a dispersão e preservação da espécie. Se a fêmea estiver infectada pelo vírus da dengue quando realizar a postura de ovos, há a possibilidade de as larvas filhas já nascerem com o vírus, no processo chamado de transmissão vertical.
Inicialmente, os ovos possuem cor branca e, com o passar do tempo, escurecem devido ao contato com o oxigênio. O ovo do A. aegypti mede aproximadamente 0,4 mm de comprimento e é difícil de ser observado.
Os ovos adquirem resistência ao ressecamento muito rapidamente, em apenas 15h após a postura. A partir de então, podem resistir a longos períodos de dessecação – até 450 dias, segundo estudos. Esta resistência é uma grande vantagem para o mosquito, pois permite que os ovos sobrevivam por muitos meses em ambientes secos, até que o próximo período chuvoso e quente propicie a eclosão.
Em condições favoráveis de umidade e temperatura, o desenvolvimento do embrião do mosquito é concluído em 48 horas. A resistência à dessecação permite também que os ovos sejam transportados a grandes distâncias, em recipientes secos. Esse aspecto importante do ciclo de vida do mosquito demonstra a necessidade do combate continuado aos criadouros, em todas as estações do ano.

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