domingo, 28 de abril de 2019

No Dia da Educação, o momento é de refletir que este papel não é somente da escola, dizem especialistas

Município comemora 3º lugar no Ideb e Estado aposta na aproximação com as escolas

O Dia da Educação é comemorado anualmente em 28 de Abril. A data serve para incentivar e conscientizar a população sobre a importância da Educação, seja escolar, social ou familiar, para a construção de valores essenciais na vida em sociedade e do convívio saudável com outros indivíduos.

A diretora de Ensino do Estado, professora Denise Santos, lembra que a data serve que se faça uma importante reflexão sobre educação. “Sobre como a educação é abrangente perpassando por vários níveis e esferas porque temos a educação escolar e a educação social ou familiar e todas estão entrelaçadas e são bases fundamentais para a vida social do indivíduo, para sua convivência social e desenvolvimento. A data precisa ser refletida porque nas redes temos vários profissionais e todos em prol de um objetivo: que pela educação a gente consiga ajudar as pessoas a serem cidadão de bem em todos os sentidos e além disso é preciso levar em conta que a educação é fundamental para o desenvolvimento de um estado e de um país. Nos países em que a educação é valorizada, a economia é mais fortalecida e naqueles onde não é, é justamente o contrário. O desenvolvimento se dá através da educação.”, enfatiza.
Professora Rosana: “Educação é a chave mestra de uma vida bem sucedida”/Foto: cedida

A professora Rosana Souza chama a atenção para o fato de que muitas pessoas, de forma equivocada, atribuem somente ao professor a responsabilidade pela educação. “É a parte prioritária na vida de uma pessoa. É através da educação que um indivíduo tem mais chances de ter sucesso na vida. Não é um sucesso financeiro, apenas. Mas um sucesso transformador de realidades, abre um leque infinito de oportunidades de crescimento pessoal, social, de brilhantismo onde quer que pessoa esteja. É a chave mestra de uma vida bem sucedida, mas isso começa na família porque a escola é passageira na vida de um aluno.”, detalha ela, que atua com Ensino Fundamental.

Com 33 anos de experiência como educadora, a professora Estelita Tolentino explicita que há diferença entre professor e educador. Para ela, ser professor ou professora poder ser apenas uma profissão já ser educador é um dom. “Somente quem ama ensinar pode ser educador, mesmo parecendo que o trabalho é o mesmo, na verdade não é. A importância da educação vai além da chance de se obter um emprego, é por meio da educação que garantimos nosso desenvolvimento econômico, social e cultural e nos preparamos para a vida. Todos têm o direito a educação de qualidade básica porque nos assegura o cumprimento de outros direitos, sem conhecimento ou acesso a informações não podemos saber que temos direito a saúde e bem estar, a condições adequadas de trabalho, ao meio ambiente sadio, e a sermos tratados com dignidade.”, analisou.
Professora Estelita dedica 33 anos de sua vida ao ensino/Foto: cedida

Conceituando educação

Sintetizando o que dizem a maioria dos especialistas e pensadores, “a educação é um conjunto de ações e influências exercidas voluntariamente por um ser humano em outro. O ato de educar deve ter como base algumas aprendizagens fundamentais que, ao longo da vida, serão de algum modo, para cada indivíduo, os pilares do conhecimento fazendo com que o mesmo busque, cada vez mais, sua emancipação e humanize-se continuamente em sua vida, além de se fazer protagonista de seu contexto. No sentido técnico, a educação é o processo contínuo de desenvolvimento das faculdades físicas, intelectuais e morais do ser humano, a fim de melhor se integrar na sociedade ou no seu próprio grupo.”.

Além disso, é a educação, de acordo com o Artigo 205 da Constituição Federal do Brasil, é “um direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.

Em Rio Branco as políticas públicas garantiram o 3º lugar no Ideb

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) funciona como um indicador nacional que possibilita o monitoramento da qualidade da Educação. Rio Branco possui desempenho considerado excelente com média 6,5 e o 3º lugar no ranking entre as capitais brasileiras. E a nota 4,9 no Índice de Oportunidades da Educação Brasileira (IOEP), também 3º lugar no ranking entre as capitais.

O resultado é atribuído às políticas públicas desenvolvidas pela Prefeitura de Rio Branco que é responsável por garantir educação pública a 25 mil crianças, da creche ao 5º ano do Ensino Fundamental.
Moispes Diniz é secretário municipal de Educação: ““É uma luta diária garantir educação, alimentação, proteção e cuidado para tantas crianças.”/Foto: reprodução

Para o secretário de Educação, Moisés Diniz, nas escolas de Rio Branco são desenvolvidos cidadãos críticos, com autonomia, para que consigam se socializar e receber o acesso a um ensino referência. Diniz falou sobre a sorte da capital acreana em poder contar uma gestora pública responsável, sensível e comprometida com a Educação como é a também professora Socorro Neri. “É uma luta diária garantir educação, alimentação, proteção e cuidado para tantas crianças.”, disse.

De acordo com os dados da Prefeitura, a taxa de cobertura em pré-escola segue em escala crescente desde 2012, com 83,3% de atendimento. O governo municipal também mantém 2 escolas que funcionam em tempo integral, com cerca de 400 alunos, 13 mil crianças são atendidas pelo Programa Saúde na Escola e 100% dos professores em sala de aula participam do Programa de Formação Continuada.

Dos 1.877 docentes da rede municipal de Rio Branco, 306 são professores que trabalham na Educação Especial, informou Diniz. “Isso significa que 16% dos professores trabalham com crianças com deficiência. No Brasil, esse índice é de menos de 2%.”, ressaltou.

Estado aposta na aproximação da gestão estadual com as escolas

Para o secretário de Estado de Educação, professor Mauro Sérgio Cruz, o principal destaque para a Educação Estadual neste início de gestão é a aproximação com as escolas. “Toda nossa equipe e grupos de trabalho estão todo tempo presente nas escolas porque acreditamos que somente acompanhando de perto as ações, os projetos e as atividades, dando suporte, poderemos colher os resultados positivos que a gente busca sempre.”, avaliou.
Secretário estadual, Mauro Cruz tem como marca de sua gestão a aproximação com as escolas/Foto: reprodução

Cruz acredita que a presença da gestão, não somente nas escolas, mas também em todos os núcleos estaduais de educação, nos 21 municípios do estado, pode significar resultados positivos para a Educação.

“Estamos levando todo apoio e presença do Estado para esses municípios. Todas as escolas de Rio Branco e interior passaram nestes três primeiros meses por algum tipo de contato com a equipe e a partir disso passaram por reformas, manutenções para que os alunos quando chegassem nessas unidades de ensino pudessem encontrar uma escola limpa, organizada, bem cuidada. Um ambiente mais adequado para um Educação de qualidade.”, informou.

Ele avalia também, que em cooperação, o Estado e os Municípios “poderão fortalecer uma política de educação que possibilite o cumprimento da missão de gerir bem esse segmento importante: a educação.”, acrescentou.

Também faz parte do trabalho educacional junto aos alunos da rede pública, o desenvolvimento de políticas afirmativas no campo dos direitos humanos. “São atividades relacionadas ao combate ao bullyng e também para inibir qualquer tipo de ação que possa fragilizar todo um trabalho que nossas equipes de educadores realizam na escola. O que nós queremos é implementar a cultura da paz, da tolerância e da cidadania em todas as escolas da rede estadual é para isso também que nossos jovens estão se formando, estão estudando, estão sendo educados.”, asseverou.

Na tabulação mais recente sobre as taxas de rendimento escolar, que calcular os índices de aprovação, reprovação e evasão escolar, o Acre registra números satisfatórios, segundo dados da Secretaria de Estado de Educação:
91,3% de aprovação na Educação básica de 8 a 9 anos
84,3% de aprovação no Ensino Médio
6,4% de reprovação na Educação Básica de 8 a 9 anos
8,9 % de reprovação no Ensino Médio
2,3% de evasão/abandono na Educação básica de 8 a 9 anos
6,8% de evasão/abandono no Ensino Médio

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LAMLID NOBRE, DO CONTILNET

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