terça-feira, 9 de julho de 2019

Empresário se suicida em frente ao governador

Por Hora do Povo Publicado em 4 de julho de 2019
Foto: Prefeitura de Aracaju

Cerâmicas Escurial foi fechada após ter o fornecimento de gás cortado pelo governo

O proprietário da Cerâmica Escurial, Sadi Paulo Castiel Gitz, cometeu suicídio na manhã desta quinta-feira (4), em evento com a presença do governador de Sergipe e o ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque.

O suicídio aconteceu durante a abertura do ‘Simpósio de Oportunidades – Novo Cenário da Cadeia do Gás Natural em Sergipe’, no Hotel Radisson, em Aracaju.

De acordo com o Portal Infonet, que estava fazendo a cobertura do evento, o empresário levantou-se durante a fala do governador de Sergipe, Belivaldo Chagas (PSD), e falou: “Governador você é um grande mentiroso!”, atirando logo em seguida na boca.

A organização do evento retirou todos os presentes do auditório com o intuito de resguardar o corpo. Após o ocorrido, o governo de Sergipe cancelou o evento.

MITSUI

A Cerâmicas Escurial foi fechada há pouco mais de dois meses devido à falta de condições para pagamento das contas de Gás. Segundo o empresário, o governo de Sergipe e a multinacional japonesa Mitsui, proprietários da empresa de economia mista SERGÁS, se negaram a negociar um acordo para que a Escurial continuasse funcionando e o fornecimento de gás foi cortado.

Em entrevista para a Nova Brasil FM, Sadi afirmou que apesar do governo de Sergipe e da Petrobrás serem sócios da SERGÁS, quem dá as cartas na empresa são os japoneses da Mitsui.

“A Mitsui objetiva apenas e somente o lucro, ela não quer, sob hipótese alguma, negociar com os sergipanos, com os empresários, que passam neste momento por sérias dificuldades”, disse Sadi.

“A Escurial tem 70 anos e nunca deixou de pagar conta nenhuma. Nós queríamos fazer um acordo, mas a Mitsui, lá do Japão, decidiu que não. Que não faz acordo. Ou você paga, ou fecha as portas”, relatou.

O empresário destacou ainda que duzentas famílias dos trabalhadores foram prejudicadas com o fechamento.

Ouça a entrevista em que Sadi relata os motivos que o levaram à falência:

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