quarta-feira, 3 de julho de 2019

Salário do professor é 30% menor que média de outros profissionais com mesma escolaridade


A falta de estímulo e reconhecimento para os professores, infelizmente não é uma surpresa, mas esse cenário pode se tornar ainda pior se comparado a outros profissionais.

Estudos recentes do Movimento Todos pela Educação revelam que um professor do ensino básico formado em nível superior ganha, em média, 30% menos que outro profissional com a mesma escolaridade.

Em média, os professores de educação básica com ensino superior recebem R$ 3.823 em frente a R$5.477 dos trabalhadores graduados brasileiros. Segundo o Anuário Brasileiro da Educação Básica 2019, iniciativa do Todos Pela Educação com a Editora Moderna, a diferença se torna ainda mais gritante se comparado com profissionais da área de Exatas ou de Saúde. A discrepância chega na ordem de 50%, ou seja, metade do salário.

Ainda de acordo com os estudos, para mudar essa realidade, é necessário um investimento de pelo menos 43% em ensino infantil ao médio, o que parece longe da realidade.

Deficiente no setor da economia, o país dificilmente terá recursos para investir na educação. Segundo o coordenador de projetos do Movimento Todos pela Educação, Caio Callegari, o salário do educador corresponde pela principal fonte do gasto em educação.

A falta de incentivo não é só para profissionais que atuam, mas também para aqueles que se formam. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas revela que o tipo de universidade em que se cursou a graduação é fator determinante na definição do salário, disparidade que pode superar os 100% e que persiste mesmo entre profissionais que se formaram igualmente em universidades federais.

Em Minas Gerais, 85,6% dos docentes do ensino básico se formaram na universidade, no qual 36,3% deles têm pós-graduação. Em uma perspectiva nacional, esses números ficam em 79,9% e 36,9%, respectivamente.Porém, felizmente, a média salarial dos professores da rede pública vem crescendo cada vez mais. Nos últimos 7 anos, o aumento foi de 6,4%. Mas esse avanço não exclui os desafios da educação. Por exemplo, cerca de 10% dos municípios, ainda não têm plano de carreira para seus professores.

Fonte: blog do aciolytk

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