domingo, 12 de janeiro de 2020

Os três desafios de Gladson Cameli




O governador Gladson Cameli começa 2020 com os desafios que não conseguiu resolver durante o primeiro ano da sua administração: fazer a SESACRE avançar para um bom atendimento à população, que mesmo com os investimentos na estrutura física e a troca de gestores continua muito a desejar. A ladainha da falta de médicos, de medicamentos, a imensa fila para cirurgias, tudo permanece sem solução. O Agronegócio, que foi vendido como um dos vetores que mudaria economicamente o Estado no setor produtivo, também continua patinando. Dois secretários passaram pela pasta da Agricultura e não se conhece um projeto que possa ser visto como alavanca para o Acre se tornar um Estado produtor. Hoje só importamos. A Segurança é a única das três áreas que ainda teve avanços e tem respondido aos investimentos feitos pelo governo, mas ainda muito abaixo da esperada sensação de segurança da população. É em cima destes três problemas principais do seu governo que tem que se debruçar para ser um gestor diferente do que foi o passado. Ninguém pode dizer que faltou iniciativa, que não houve falta de apoio do governador Gladson Cameli, isso é verdade, mas é chegada a hora que tem de cobrar melhores resultados dos secretários destes três setores. A fase de acomodamento, de se montar a equipe, conhecer a realidade destas áreas já passou, o que se quer agora são resultados. Culpar o PT caiu de moda. Como diz o velho adágio popular: o inferno está cheio de bem intencionados. Ou, de promessa, Santo Antonio ficou careca. 

PACOTE FECHADO

Em Brasiléia, a chapa da prefeita Fernanda Hassem (PT) terá como vice um nome indicado pela deputada Maria Antonia (PROS), compromisso que foi firmado entre ambas durante a última campanha eleitoral. A continuação do vice Carlinhos do Pelado (PSB) está descartada de vez.

PACOTE FECHADO II

Por outro lado, um ponto está definido (não tem Cesário Braga e Jorge Viana que contorne), na eleição para a prefeitura de Brasiléia: a ex-deputada Leila Galvão (PT), em hipótese alguma, apoiará a reeleição da prefeita Fernanda Hassem. Isso é também pacote fechado na fronteira.

CANDIDATURA INDEFINIDA

A coluna tem fonte segura que não foi definida ainda a candidatura da ex-deputada Leila Galvão para a prefeitura. O que há são dois convites: um feito pelo PSDB e outro pelo MDB para que saia candidata. Pela movimentação, há uma inclinação que ela dispute pelo MDB.

TODO UM CLIMA

Mas nos grupos de ZAP do município, já há uma clima de discussão eleitoral entre os defensores das candidaturas da prefeita Fernanda Hassem e da ex-deputada Leila Galvão, como se a candidatura desta última já tivesse sido oficializada.

NUNCA HOUVE DISCUSSÃO

Atendendo pedido do dirigente do IMAC, André Hassem, registro a sua negativa que não está travando nenhuma discussão política sobre a gestão do atual prefeito, Tião Flores. Nega também que será candidato a prefeito de Epitaciolândia. E que está focado na gestão do IMAC.

SABER SE É PARA VALER

Seria bom para o debate se a candidatura anunciada do empresário Jarbas Soster (AVANTE) fosse para valer, por suas posições polêmicas e ferinas. Mas prefiro ver para crer se a candidatura se concretizará ou se é balão de ensaio do presidente do AVANTE, Manoel Roque.

PAGANDO PARA VER

Outra candidatura que vou pagar para ver é a do ex-prefeito Angelim, um nome da banda sadia do PT, por ser comedido nas decisões. Não teria uma campanha com a estrutura nos moldes que teve quando se elegeu prefeito; com o PT no auge, o PT hoje está fora do poder e em baixa, sabe disso. Mesmo sendo um nome honrado, seria uma candidatura de alto risco.

ALVO FIXO

Além de que, sendo candidato, o Angelim seria o alvo fixo dos demais postulantes à PMRB.

COBREM DOS PARLAMENTARES

A Polícia, a imprensa, não pode mais mostrar a foto e nem dar o nome de um bandido, ainda que este seja preso em flagrante após cometer o estupro de uma criança ou matar dez. Fruto da Lei de Abuso de Autoridade, aprovada pelos deputados federais e senadores e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro. Lei para proteger as vítimas, isso não preocupa os políticos.

VAMOS DEIXAR ISSO CLARO

Quando se critica um Juiz porque não deixou um bandido preso, se esquece que apenas cumpre as leis que são elaboradas e aprovadas pela classe política. Na campanha política a violência é bandeira, é prometido um combate feroz, mas é ganhar um mandato e esquecer.

PUXADINHO DOS TUCANOS

Há uma pressão indisfarçada para que o governador Gladson oriente o PROGRESSISTAS a fazer uma coligação com o PSDB, e compor a chapa numa aliança, indicando o vice do Minoru Kinpara (PSDB). Neste caso, o PROGRESSISTAS entraria como um puxadinho dos tucanos.

BEM DISPUTADA

Plácido de Castro terá uma das eleições mais disputadas para a prefeitura do município, tendo como principais candidatos o prefeito Gedeon (PSDB) e o ex-prefeito Manoel Tavares (MDB).

MAIS LISO QUE MUÇUM

O ex-deputado Ney Amorim, depois da derrota para o Senado e a passagem meteórica pelo governo, sumiu do cenário político. Não deu entrevistas, se fechou em copas, e mesmo com vários convites para filiação, não dá nenhum indicativo oficial em que partido se filiará.

GANHANDO NA DERROTA

Conversando ontem sobre este recolhimento do ex-deputado Ney Amorim, com uma figura de proa do seu grupo político, este comentou que a última campanha do Ney foi uma campanha em que se perdeu ganhando. E matou a charada: “Perdemos, mas derrotamos o Jorge Viana”.

COM TODO RESPEITO

Com todo o respeito que a Eliane Sinhasique merece, seja por ter sido uma boa parlamentar, e agora como secretária de Turismo, uma das mais ativas da equipe do governo: pode estar bem intencionada, mas com essa conversa de dinossauros está levando o governo para a galhofa.

POSIÇÃO DE CHACOTA

O Gladson fechou o ano com problemas sérios a resolver na Saúde, na Segurança, no Agronegócio, que não decolaram e são alvos de críticas da população, e se quer colocar o governador numa posição de chacota de decidir se manda erguer ou não dinossauros?

PAUTAS POSITIVAS

O que este governo precisa urgente é que se criem pautas positivas para jogar na mídia.

GUERRA FEROZ

Continua feroz a guerra entre as organizações criminosas. Em 10 dias de 2020, onze pessoas foram executadas na capital. Rio Branco entra no ano novo como uma cidade que continua muito violenta. O que embute toda esta disputa não é outra coisa: o controle da droga.

GOLPES DUROS

A polícia tem dado golpes duros contra a criminalidade, com grandes apreensões de drogas, de armas, prisões, recuperação de veículos roubados, mas ainda assim a guerra continua. A impressão que se tem é que se perdeu grande parte da juventude dos bairros pobres para o crime.

MEDIDA ACERTADA

Medida acertada do governador Gladson Cameli em sancionar a lei que proíbe as empresas de água e luz de cobrar tarifa sem a leitura do relógio ou hidrômetro, porque evita que se cometam abusos contra o consumidor. 

QUEM QUISER QUE PROCURE

O senador Sérgio Petecão (PSD) diz que já fez todos os acenos e que, quem quiser fazer alianças com o PSD que procure o partido para discussão. No que não está errado.

FECHA COM O MDB

Não tenho dúvida em afirmar que, se a prefeita Socorro Neri não se filiar no PSD como quer o senador Sérgio Petecão (PSD), para que dispute a reeleição pelo partido, Petecão deve buscar uma aliança com o MDB, indicando o vice do deputado Roberto Duarte. É o que está claro.

PAPEL IMPORTANTE

Nas conversas que redundaram na permanência do Ribamar Trindade na frente do gabinete civil, quem esteve muito participante nas negociações, foi o líder do governo, deputado Gerlen Diniz (PROGRESSISTAS). Gerlen sempre foi muito bem afinado com o Ribamar.

PONTO A FAVOR

O Gladson tem um ponto pessoal que deve ser visto como uma virtude: não tem rancor.

PANORAMA MAIS NÍTIDO

As grandes mexidas na campanha eleitoral, na montagem de alianças políticas, na verdade começam a tomar um contorno mais nítido a partir de fevereiro com a volta dos parlamentares do recesso, janeiro é um mês intermediário. Até lá fica um redemoinho.

FRASE DO DIA

“O carrasco suprime o criminoso, mas a miséria mantém o crime. Não é com o esmagamento de uma lagarta no campo que se salva a sementeira”. Coelho Neto

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