Após todos os problemas enfrentados com a pandemia do novo coronavírus, o Ministério da Educação deverá ter menos recursos do que a Defesa em 2021, fato inédito no país.
Cálculos a partir de projeções do Orçamento da União para o ano que vem indicam que o MEC perderá 13,1% da verba em relação a este ano. A Defesa, apesar de previsão de queda de 5%, ficará com valores superiores.
A Saúde, também fortemente afetada pela Covid-19, terá queda de 5%.
Os ministros ainda podem conseguir mais recursos até o envio formal da peça orçamentária ao Congresso, cujo prazo se esgota no dia 31. Em seguida, parlamentares vão analisar a proposta do governo e poderão fazer remanejamentos.
“Tenho certeza que a luta vai ser muito grande no Congresso para reverter isso, não vamos só lamentar”, afirma a deputada Tabata Amaral (PDT-SP), ao apontar desafios do MEC no próximo ano: a implementação de protocolos sanitários, o acesso de estudantes à internet e a necessidade de construir um novo calendário escolar.
Opinião: o governo quer gastar mais com militares do que com estudantes, afirma Bernardo Mello Franco: “O plano é coerente com a trajetória de Bolsonaro, um político que nunca tirou os pés do quartel”.
Após idas e vindas a respeito do discurso do governo sobre o controle dos gastos públicos, o ministro da Economia, Paulo Guedes, sinalizou ontem ter conseguido o apoio do presidente Jair Bolsonaro para tocar sua agenda de ajuste nas contas públicas. “Existe muita confiança do presidente em mim, e existe muita confiança minha no presidente”, afirmou. Guedes e Bolsonaro se reuniram no Palácio do Planalto. O presidente escreveu nas redes sociais: “Chegamos juntos e sairemos juntos”.
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