quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Acre tem a 3a maior população de jovens que não estuda nem trabalha, mostra IBGE



Cerca de 29% dos jovens acreanos de 15 a 29 anos que não frequentavam a escola estavam sem ocupação em 2019, segundo a Síntese de Indicadores Sociais, divulgada nesta quinta-feira (12) pelo IBGE.

Esse número só perde para o do Maranhão, onde 33,2% dos jovens de 15 a 29 anos não trabalham nem estudam -e para o de Alagoas (34,1%).

O levantamento do IBGE mostra, pela primeira vez, que entre os que já tinham estudado, quanto mais cedo abandonaram os estudos, maiores eram as chances de estarem sem trabalho.

Dos jovens que frequentaram a escola até os 10 anos de idade, 55% não estavam ocupados no ano anterior. Essa proporção vai diminuindo enquanto aumenta o número de anos estudados. Em 2019, 62,6% dos jovens que estudaram até os 18 anos ou mais estavam ocupados.

Esses dados ajudam a entender por que no Brasil ainda há tantos jovens que não estudam nem têm ocupação. No ano passado, a proporção de pessoas nessa situação reduziu, passando de 23,0%, em 2018, para 22,1%, em 2019. Apesar da melhora no indicador, o país tem mais jovens que não estudam nem têm ocupação do que outros países da América do Sul, como Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia.

A redução nesse indicador resulta do aumento do nível de ocupação dos jovens no período. Não se tratou, portanto, da expansão do acesso à educação. O indicador de quem não estuda nem tem ocupação não tem uma variação conjuntural tão destacada de um ano para o outro.

Entre as regiões do país, os estados do Sul apresentaram os percentuais de jovens sem estudar e sem ocupação mais próximos de países desenvolvidos, principalmente, nas capitais. Por outro lado, em todos os estados do Nordeste mais de 25% dos jovens estavam nessa condição. Em 2019, apenas 40,5% dos jovens estavam ocupados no Nordeste, enquanto a média nacional era 49,8%.

Em 2019, 42,8% dos jovens que não estudavam nem trabalhavam estavam no quinto da população com os menores rendimentos domiciliares per capita, que representa aqueles com renda de até R$ 353,50. Apenas 4,7% desses jovens estavam no quinto com os maiores rendimentos.
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