O deputado estadual Jenilson Leite ( PSB) disse na sessão ordinária dessa terça-feira (16) que o prefeito Tião Bocalom e o governador Gladson Cameli tem que pedir desculpas aos trabalhadores que foram reprimidos pela força policial, apenas por estarem reivindicando o pagamento de dois meses de salários atrasados pela gestão Bocalom.
O parlamentar iniciou sua fala abordando a ação policial contra os garis e margaridas, na frente da Secretaria Municipal de Zeladoria da Cidade. ” Inicio minha fala, fazendo referência ao que aconteceu ontem, na Zeladoria de Rio Branco. Quando vimos a repressão contra os garis, produzida pela Prefeitura de Rio Branco, na gestão do prefeito Tião Bocalom. A ação de ontem é algo que marca de tal forma a história da relação empregador e empregado, na gestão do atual prefeito”, disse Leite.
Para o deputado, o que foi presenciado, entra para a história de Rio Branco. ” Pessoas que cuidam da nossa cidade, pessoas que passam o dia inteiro correndo atrás de carros, juntando o lixo, se dedicando para deixar a nossa cidade mais confortável, sanitariamente mais adequada. E, por estarem dois meses sem receber e por reinvindicar de maneira pacífica os seus salários foram reprimidos pela gestão do prefeito Tião Bocalom, com gás de pimenta e empurrões”, afirmou o vice-presidente da Assembleia Legislativa.
O deputado salientou também, que o Ministério Público precisava investigar. ” Não sei se houve cacetete, porém o Ministério Público precisa investigar”, pediu o deputado.
Segundo Jenilson, quando você ocupa um cargo público, você deve respeitar a população. ” Nobres colegas deputados, quando você ocupa um cargo público, tendo sido eleito pela população, um dos primeiros deveres é respeitar a população, sobretudo quem trabalha. A polícia existe para punir os malfeitores e não os trabalhadores”.
O deputado finaliza repudiando a ação da prefeitura e cobrando que o prefeito Tião Bocalom e o governador Gladson Cameli peçam desculpas aos trabalhadores. ” Para além de qualquer apuração que seja feita por este ato, eu me solidarizo com os trabalhadores e repúdio a ação. Também afirmo que cabe um pedido de desculpa público do prefeito Tião Bocalom que mandou a polícia lá, e do governador Gladson Cameli que liberou a polícia para ir lá. Repito, cabe um pedido de desculpa aos garis pelo prefeito Tião Bocalom e pelo governador do Estado que é comandante chefe da Polícia Militar do Acre, que liberou a tropa de choque para ir lá reprimir os trabalhadores que cuidam da limpeza da nossa cidade. Pessoas que no meio da pandemia arriscam a vida e de suas famílias para poder combater este momento terrível que estamos vivendo. Estamos falando de dois meses e a razão de não estarem recebendo nenhuma alegação do prefeito e de sua equipe é razoável ao ponto de atrasar salários desses servidores”, afirma o deputado.
fonte: portaltarauaca
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