João Renato Jácome, do Notícias da Hora 12 Março 2021
A mãe do governador Gladson Cameli, leitora e seguidora assídua do portal Notícias da Hora, reagiu com espanto e crítica acerca da suposta prática de corrupção na compra de 42 mil cestas básicas que foram distribuídas aos alunos da rede estadual de ensino do Acre em razão da pandemia da Covid-19.
O ato, determinado pelo Governo Cameli para ajudar as famílias carentes, foi alvo da Operação Pratos Limpos, deflagrada nesta sexta-feira, dia 12, em Rio Branco e Cruzeiro do Sul. Na avaliação de Linda Cameli, portanto, praticar crimes tirando comida da boca das crianças carentes é “uma vergonha”, comentou na página do NH.
Após isso, Linda curtiu um comentário de outra internauta do NH, que reclamava que esse tipo de prática ilegal na estrutura do governo visa apenas fragilizar o nome do governador, pessoa em quem a internauta acredita. “Dona Linda, fico passada. Sujando o governador que confiou nestas pessoas”, escreveu a apoiadora de Gladson.
O chefe do Palácio Rio Branco avaliou bem a operação e lembrou que foi ele quem criou a delegacia responsável por esse tipo de investigação. “Eu quero um governo transparente, e onde houver corrupção, que haja apuração e as pessoas sejam responsabilizadas. Não quero nada debaixo do tapete. Até o meu CPF está à disposição. Não escondo nada”, comenta Gladson Cameli.
Após a operação, o secretário estadual de Educação, Esporte e Cultura, Mauro Sérgio da Cruz, deve pedir afastamento do cargo para evitar interferências por parte dele ou da equipe indicada por Cruz para coordenar as ações da secretaria estadual. O gestor tem encontro com Cameli na tarde desta sexta-feira, dia 12, quando deve oficializar o pedido de afastamento.
Em nota, o gestor pontuou, em nome da secretaria, que “a SEE entende que o trabalho da Polícia Civil é importante para a elucidação dos fatos ora investigados, e reitera que sempre esteve à disposição das autoridades policiais”. E é verdade que Mauro foi ouvido pelos investigadores.
Ainda na nota de esclarecimento, Cruz destaca: “todo o processo de aquisição das cestas foi submetido à análise dos órgãos de controle, como por exemplo a Controladoria Interna, a Assessoria Jurídica da Secretaria de Educação e a Procuradoria-Geral do Estado”, dia a instituição.
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