sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Pré-candidato à Câmara Federal, Duarte cita pesquisa interna, trajetória e ‘vontade de fazer mais’ como motivação por mandato em Brasília


Deputado Roberto Duarte. Foto: Cedida

Em 2014, o advogado Roberto Duarte dava seu primeiro passo na política. Acumulando votações históricas – 3.984 votos para vereador em 2016 e 9.405 votos para a Aleac em 2018, o parlamentar quer mais um recorde: já confirmou querer uma vaga na Câmara Federal. Em rápida conversa, Duarte me conta que, nos indicadores e nas ruas, o feedback tem sido positivo.

“Tem sido surpreendente nossa aceitação. Tenho andado muito pelos municípios e posso te garantir que nosso nome é muito bem aceito pela população. Recentemente, fizemos uma pesquisa para consumo interno que os resultados nos motivam ainda mais para concorrer a uma vaga de deputado Federal. Em Brasília, posso contribuir muito mais com o Acre, com nossos municípios, alocando aproximadamente mais de 40 milhões de reais das emendas parlamentares as quais os deputados federais têm direito, todo ano”.

Duarte sempre teve uma carreira de sucesso, mas caiu na ‘boca do povo’ ao advogar no caso TelexFree. Viu seu nome em vários veículos de imprensa e não demorou a receber convites. “Em 2014, disputei a minha primeira eleição quando concorri a uma vaga para o Senado Federal. Não ganhei a eleição em 2014, mas tive a certeza de seguir o meu propósito, de servir e ajudar o nosso Estado. Nas eleições de 2016, concorri a uma vaga para vereador de Rio Branco. Com a confiança da população da Capital do Acre, fui o vereador mais votado, com 3.984 votos. Em dois anos, na Câmara de Vereadores, apresentei mais de 14.000 proposições”.

Os quase quatro mil votos mais que dobraram na próxima eleição, desta vez, para a Aleac. “A experiência como vereador me motivou a concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa do Acre, nas eleições em 2018. Tenho convicção de que posso fazer muito pelo estado e pelos que mais precisam. A população acreana confiou em mim e nas minhas propostas. Assim, eu me elegi com 9.405 votos e fui o deputado estadual mais votado em Rio Branco”.

Em 2016, Roberto disputou o Senado celebrando o convite do então candidato ao Governo do Acre, Tião Boalom. Ironicamente, quatro anos depois, foram adversários nas urnas. “Em 2020, com o apoio da minha família, dos amigos e das pessoas que convivem comigo, aceitei o convite de ser candidato a prefeito de Rio Branco. Não saí vitorioso das urnas, mas aprendi muito e fico grato por todos os votos recebidos”.

Maior desafio

Mesmo não tendo sido eleito, Roberto acha que a campanha ao executivo em 2020 foi seu maior desafio. “A candidatura à vaga de prefeito de Rio Branco, de fato, foi meu maior desafio na vida política. Uma candidatura majoritária envolve aspectos como a empatia do povo por algo que, não necessariamente, está vinculado à competência, vontade ou capacidade de realizar o melhor para a cidade. A empatia do eleitor pode ser por motivos diversos e até mesmo por uma situação pontual e momentânea, bem diferentes de uma candidatura ao parlamento”.

BBB

Essa parte, em especial, do relato de Duarte me lembra os realities que acompanhamos na TV – principalmente o mais famoso de todos: Big Brother Brasil. O programa dura, em média, três meses e um ‘emparedado’ por semana é eliminado. Nem sempre o eliminado é o que tem a pior performance no programa: o eliminado pode ser, simplesmente, o alvo daquela semana.

Ptolomeu

A Operação Ptolomeu é um exemplo: não se viu políticos inteligentes como Jorge Viana tripudiando em cima de especulações geradas pelo buzz da investigação policial. A poeira sempre baixa. Gladson está trabalhando. Tem muita água para correr até outubro. Não precisa se debruçar em estudos de neuromarketing para saber que acontecimentos próximos à eleição terão influência muito maior que os de agora.

Como nós votamos

No Marketing de Produto, existem estudos que preveem que nós compramos com o inconsciente [estou falando do cérebro] e justificamos com o consciente. Tenho uma teoria de que votamos exatamente assim: com o inconsciente e recorremos à parte consciente para justificar o nosso voto. Lembrando que isso é apenas a minha opinião impopular.

Explicação

Isso explica, por exemplo, porque gostamos de uma pessoa e não sabemos explicar. Ou pessoas como o presidente Bolsonaro, por exemplo, terem tantos seguidores fiéis: são pessoas que se identificam, em uma camada inconsciente, com sua forma de ver o mundo. E buscam fatores no nível consciente (sua religião, seu ódio por uma emissora de TV, etc.) para justificar essa identificação.

Petecão

Quem é bom nesse quesito é o senador Sérgio Petecão (PSD-AC). Ele sempre reúne à sua volta uma série de admiradores. Por onde passa. Nem todo mundo saberia dizer um projeto apresentado – que são muitos, não estou questionando a atuação do senador –, mas todo mundo gosta. E vota.

Meire Serafim

Um amigo do MDB me disse que a deputada estadual Meire Serafim continua no MDB. Até o momento, nenhuma carta de desfiliação chegou à executiva do partido. Com os pés no PSD, o marido Mazinho Serafim vai precisar fazer malabarismo político para ter Meire ao lado.

Por falar em MDB…

Fiquei sabendo que o pré-candidato ao Governo do Acre pela sigla, Emerson Jarude, montou uma equipe novinha e cheia de gente competente. Aí sim. Agora é partir para a viabilização e ver o que diz o poderoso chefão, deputado federal Flaviano Melo.

Não internados

Uma reportagem de quarta-feira (12) do ContilNet mostrou que os internados no Into eram compostos por não vacinados. A informação se repete em todo o país, o que foi confirmado na quinta-feira (13) por fala do ministro da Saúde Marcelo Queiroga. “Aqueles que se internam nos hospitais e nas unidades de terapia intensiva, a grande maioria são indivíduos não vacinados”, pontuou.

O Antagonista

O site O Antagonista afirma que, no Acre, o ex-senador Jorge Viana (PT) “tentará voltar à cena política, enfrentando o atual governador bolsonarista Gladson Cameli (PP)”. Caso isso venha a se concretizar, mostra o que já falamos no blog, sobre a falta de união e planejamento estratégico dos partidos de esquerda. Até onde sei, Jenilson continua com sua campanha a todo vapor. Com federação, pode pular para o Senado. Sem federação, pode ter que disputar com o PT.


POR TON LINDOSO, DO CONTILNET

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