segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

Presidente do Banco Central diz a Miriam Leitão que “mercado” não teme volta de Lula


De fato, não faria sentido, uma vez que Lula promoveu crescimento e controlou a inflação, ao contrário do que ocorre no governo Bolsonaro
14 de fevereiro de 2022, 18:22 h Atualizado em 14 de fevereiro de 2022, 18:22
(Foto: ABr)

247 - O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em entrevista à jornalista Miriam Leitão, do jornal O Globo, afirmou que o “mercado” não teme a volta do ex-presidente Lula (PT) ao governo. Lula é o principal cotado nas recentes pesquisas eleitorais para vencer o pleito para presidente este ano.

De fato, não faria sentido o “mercado” temer Lula, uma vez que o ex-presidente petista promoveu crescimento e controlou a inflação, ao contrário do que ocorre no governo de Jair Bolsonaro.

“O que a gente pode comentar é o que a gente captura nos preços de mercado. Nos preços de mercado, o que tem acontecido mais recentemente é uma eliminação de vários preços que mostram o risco da passagem de um governo para outro. Mais recentemente, a gente vê, quando olha esses preços, que eles atenuaram. Caíram um pouco. Significa que o mercado passou a ser menos receoso da passagem de um governo para o outro. Isso é o que a gente pode interpretar. Porque provavelmente um governo que representava um risco de medidas mais extremas está se movendo para o centro. Essa é a nossa interpretação do que a gente captura nos preços de mercado”, disse Campos Neto quando foi questionado sobre se uma eventual vitória de Lula já está “precificada”, isto é, avaliada pelos capitalistas financeiros.

“O Banco Central ganhou a posição de autonomia exatamente para ter independência entre o ciclo político e os ciclos de política monetária. Não cabe fazer comentários sobre o que seria cada candidato. Então a nossa interpretação é dos preços do mercado. Ele removeu um pouco o risco de cauda de passagem de um governo para outro. Mas é muito cedo, muitas coisas devem acontecer no processo eleitoral”, afirmou o presidente do BC.
fonte: brasil247.com

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