quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Trabalho da Polícia Federal no Juruá deixa rede do tráfico em alerta


ipixuna_droga.jpgDurante a
 última 
operação, 
foram 
apreendidos
 103 quilos
 de pasta-
base de 
cocaína. 
Além dos 
transpor-
tadores 
do produto, 
dois jovens
 apontados como os donos do entorpecente foram presos.
Foi a maior apreensão de drogas dos últimos dois anos, realizada pela Polícia 
Federal do Acre. Uma balsa que tinha saído de Cruzeiro do Sul, descia o Rio Juruá 
com destino a Manaus. No município amazonense de Ipixuna, a embarcação foi 
abordada. Apesar do trabalho de investigação ter indicado que o entorpecente
 estava na balsa, encontrar o produto não foi tarefa fácil. Só no segundo dia de 
revista, a droga foi localizada em um tanque falso da sala de máquinas do 
rebocador. As barras de pasta-base de cocaína pesaram 103 quilos. Ednelson 
Bezerra Costa, 24 anos e José Amarildo de Souza, o Careca, 28 anos, que 
era o comandante da embarcação, foram responsabilizados pelo transporte 
do entorpecente e já estão no presídio de Cruzeiro do Sul.   
Desta vez, não foram presos apenas aqueles que faziam o transporte da 
droga. A investigação resultou também, na prisão de dois homens apontados 
com os proprietários da pasta-base de cocaína. Os nomes não foram 
divulgados pela Polícia Federal, mas o Tribuna do Juruá teve acesso por meio
 de outras fontes. Em Rio Branco foi preso, Nailson de Almeida Melo, 33 
anos e em Cruzeiro do Sul, Pedro Melo Rodrigues, 31 anos. No mês de 
dezembro passado, um irmão de Pedro, já havia sido preso pela Polícia Federal, 
em cumprimento a um mandado de prisão expedido pela justiça do Pará, o 
processo que Adejane Melo Rodrigues responde, também é por tráfico de drogas.   
A embarcação onde estavam os 103 quilos de pasta-base de 
cocaína é de propriedade do empresárioipixuna_droga_na_balsa.jpgcruzeirense, João Célio Gonçalves 
Gaspar, 
mas 
conhecido
 pelo 
codinome
 de João
 Garapa. 
A balsa 
que transportava
 sucatas e
 quase 6 
mil sacas
 de farinha
, já retornou
 a Cruzeiro do Sul, onde passará por uma minuciosa revista. O empresário João 
Garapa, afirma que não sabia da existência da droga na embarcação e tinha 
confiança no comandante da balsa, um funcionário com mais de 10 anos na 
empresa. “Eu sou inocente, não sabia de nada. O meu negócio é trabalhar
 com mercadoria, a situação dos comerciantes daqui é 
preocupante, eu sou uma vítima”, diz o empresário que lamenta o prejuízo
 que vai sofrer com o retorno inesperado da embarcação.
O delegado José Roberto Peres, chefe da Delegacia da Polícia Federal em 
Cruzeiro do Sul, explica que a droga saiu do Peru e inicialmente seria 
levada para Manaus, de onde seguiria para outros destinos. Peres explica 
que esta apreensão, confirma o Vale do Juruá com uma das maiores portas 
de entrada de droga no Brasil. O delegado diz ainda, que a Polícia tem 
procurado aprimorar o trabalho de investigação, inclusive usando 
métodos modernos e científicos, para identificar os meios usados pelos 
traficantes para sair com droga da região, impedindo o enriquecimento
 ilegal e as conseqüências que a droga causa na sociedade.
www.tribunadojurua.com - Genival Moura

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