Polícia Civil registra mais de 20 casos de crimes sexuais motivados por bate-papo nas redes sociais em Cruzeiro do Sul
A delegada Carla Ivani de Brito, titular da Delegacia de Atendimento a Mulher e ao Menor (DEAM) de Cruzeiro do Sul, afirma que as autoridades estão preocupadas com criminosos que utilizam a internet para tirar proveito de pessoas que ficam vulneráveis nas redes sociais.Segundo a delegada o avanço da tecnologia na comunicação e a interação entres amigos através das redes sociais ficou cada vez mais fácil, mas a falta de cuidado tem causado crimes, inclusive de estupros e já foram registrados pelo menos 20 casos de crimes sexuais que tiveram início através da internet que é a principal arma dos pedófilos.
Em um dos casos já concluído pela Policia Civil, um homem de 35 anos começou um relacionamento de amizade com uma menor de 13 anos. Após transmitir confiança a vitima ela passou a enviar fotos sensuais para o aliciador que acabou abusando sexualmente da adolescente.
Segundo a delegada Carla Ivani que investiga os casos o crime de estupro de vulnerável contra a menor foi descoberto porque a família desconfiou do comportamento da mesma e procurou a polícia e durante a
investigação foi constatado que o pedófilo, que depois de autuado foi encaminhado ao presídio, tinha abusado sexualmente da menor.
“A internet é uma das principais armas dos pedófilos e os pais precisam ter mais cuidado com seus filhos nas redes sociais para saber com quem estão conversando. Muitas dessas adolescentes e até mulheres adultas acabam se tornando alvo desse tipo de crime por conta das fotos sensuais que são postadas na internet e isso chama atenção dos criminosos”, explicou à delegada. .
Além do crime de pedofilia a Polícia Civil investiga ainda outras denúncias de pessoas que tiveram seus e-mails e facebook’s invadidos por hackers e sofreram injúria e difamação por parte dos criminosos e a delegada alerta que é preciso mais cuidado com as redes sociais que não é 100% segura como muitos pensam.“Em alguns destes casos, o hackers se passava pelo dono do perfil da rede social para difamar o nome das pessoas e até de amigos de bate-papo da vítima que sem saber enviavam nos conteúdos fotos de
cunho sexual para o aliciador”, disse Carla Ivani.
Algumas das vítimas que registraram Boletim de Ocorrência (BO) foram procuradas para se manifestarem sobre o problema, mas não quiseram falar sobre o assunto polêmico.
A Psicóloga Cintia Sampaio ressalta que nos casos que adolescentes são envolvidos é preciso mais atenção dos pais ou responsáveis quanto ao uso das redes sociais para orientá-los de que não devem postar fotos sensuais na internet. “Muitas dessas jovens querem chamar a atenção para si e serem elogiadas”, disse a profissional.
Segundo Cíntia Sampaio no momento que as jovens postam fotos sensuais elas se expões a um grande perigo e acabam se tornando na maioria das vezes vitimas de pessoas mal intencionadas. “Nem sempre a imagem que se vê na internet condiz com o caráter da pessoa”, explicou a psicóloga.
Fonte: R7.com
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