sábado, 11 de janeiro de 2014

Promotora diz que Botafogo pode não receber valores da TelexFree

Alessandra Garcia Marques explica que há investigação no Brasil e nos EUA. Ela
não descarta apreensão do dinheiro que o clube receberá da empresa americana

Por Rio Branco, AC
Promotora Alessandra Marques MP Acre Telexfree (Foto: Divulgação/Assessoria MPE-AC)Alessandra Marques é a responsável pelo caso
no Acre (Foto: Divulgação/Assessoria MPE-AC)
A parceria entre Botafogo e TelexFree, empresa americana de marketing multinível, pode ter consequências financeiras ruins para o clube carioca. Promotora responsável pelo caso, Alessandra Garcia Marques, da Defesa do Direito do Consumidor do Ministério Público do Acre (MP-AC), disse que os recursos provenientes do patrocínio podem ser apreendidos, uma vez que é questionada a legalidade da origem dos valores destinados ao Alvinegro pelo acordo firmado entre as partes.
– Pode haver problema com o dinheiro, porque ele pertence aos sócios das duas empresas, da brasileira e da estrangeira, e todos estão com patrimônio tornado indisponível. Pode ter consequência, inclusive, com a apreensão desse dinheiro. Sim, é possível.
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 A promotora explicou que o clube carioca corre esse risco exatamente porque existe uma investigação por parte de órgãos do Brasil e dos Estados Unidos sobre as ações da TelexFree.
– Existe uma da Polícia Federal brasileira em relação à empresa, e essa investigação é no Brasil e também nos Estados Unidos. Não sei como está o andamento, mas ela existe. E é natural que exista porque tem remessa de dinheiro para o exterior. Além disso, outros órgãos, como a Receita Federal, também estão investigando – disse Alessandra, por telefone.
O contrato firmado entre Botafogo e TelexFree terá duração de um ano. Com o acordo, a empresa vai estampar a logomarca na parte frontal e no peito do uniforme alvinegro. O valor do patrocínio não foi divulgado.
A TelexFree está impedida de realizar pagamentos e cadastros de divulgadores no Brasil desde 18 de junho de 2013. A empresa é acusada pelo MP-AC de operar um esquema de pirâmide financeira sob o disfarce de empresa de marketing multinível.
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