quinta-feira, 5 de junho de 2014

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Servidores da Educação cruzam os braços em Cruzeiro do Sul
“A comissão de negociação pleiteia a reposição do reajuste do piso do magistério há dois anos”, explica a presidente da CUT - Foto: Regiclay Saady/Arquivo

Servidores da Educação cruzam os braços em Cruzeiro do Sul

Sem avanços nas negociações, os servidores da rede municipal de educação do município de Cruzeiro do Sul decidiram paralisar as atividades por tempo indeterminado. A categoria reivindica um reajuste de 15%, mas a prefeitura do município ofereceu apenas 3%, o que não corresponde à correção da inflação acumulada do período.
A assembleia geral, segundo Valdenízio Martins, aconteceu no auditório do museu da cidade com a presença de aproximadamente 150 servidores. Isso compromete o encerramento do primeiro semestre do ano letivo, previsto para acontecer na próxima semana.
“Não sairemos desta greve de mãos abanando, porque desde a semana passada temos percorrido o gabinete do secretário municipal de Educação”, justificou o representante do núcleo do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Acre (Sinteac).
Segundo ele, desde o começo do ano que os trabalhadores buscam retomar a data base, mas o pleito sempre ficava em segundo plano. Eles aproveitarão a ocasião para cobrar a reformulação do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR).
“A contraproposta da prefeitura não era condizente para a categoria”, argumentou o sindicalista.
A presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT/Acre), Rosana Nascimento, explicou que a legislação impede a negociação com o Estado, mas como os prefeitos não concorrerem ao pleito, é possível a retomada das negociações por conta da data base.
“Este é o segundo município acriano que optou pelo movimento grevista, porque a greve dos servidores municipais de Assis Brasil caminha para a segunda semana”, comentou a dirigente  cutista.
Ela ressaltou que no mês passado os dirigentes do núcleo do Sinteac mantiveram uma reunião com o prefeito para cobrar o reajuste salarial. Como a categoria foi ignorada, deflagraram o movimento grevista por tempo indeterminado.
“A comissão de negociação pleiteia a reposição do reajuste do piso do magistério há  dois anos”, explica Rosana.
Sentinela da Fronteira

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