sábado, 7 de março de 2015

Cai a máscara: PSDB não apoia CPI do HSBC e nem apuração da era FHC na Petrobras

Negócio clamoroso, clama aos céus, é uma vergonha, mas nenhum senador do PSDB assinou o pedido de CPI do HSBC, a ser constituída no Senado para levantar a lista de brasileiros no escândalo Swissleaks. A CPI vai apurar os nomes dos brasileiros que tinham contas secretas na agência do banco na Suíça para sonegar impostos e promover uma das maiores evasões fiscais que já sangraram o Brasil.Os 14 senadores do PT subscrevem o pedido de CPI do HSBC protocolado pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) na Mesa do Senado
Para o país, além do Swissleaks, é simplesmente um novo escândalo essa posição contrária do PSDB a CPI do HSBC. Tão grande, ou equivalente ao que os tucanos protagonizam no Senado em relação à 3ª CPI da Petrobras, impedindo que a investigação se estenda ao período  FHC (1995-2002) em que a estatal foi gerida pelos governos do PSDB.
A obstrução do PSDB nos dois casos – da CPI do HSBC e da investigação da gestão tucana na Petrobras – ao que tudo indica conta com o apoio de muitos dos grandes veículos da mídia. A começar pela Folha de S.Paulo, por exemplo, com essa sua reportagem de hoje, toda em off (quando as fontes não querem ser identificadas, ter seus nomes publicados) sobre uma suposta oposição do PMDB a investigar a administração tucana na maior empresa brasileira.
Manobra diversionista
Numa típica manobra diversionista, para a mídia o que continua sendo um fato relevante nessa história são os vazamentos dirigidos. Até agora, dos mais de 6 mil brasileiros que surfaram e ganharam muito dinheiro no escândalo Swissleaks a mídia revelou apenas alguns nomes de alguns empresários, de donos de empresas de transportes e de famílias de empreiteiras investigadas na Lava Jato.
Mas, nada da nossa imprensa publicar todos os nomes. Escuda-se e tenta se justificar com o o argumento, já velho no caso, de que não há interesse público. E o que isso significa? A substituição do juízo do leitor e do cidadão brasileiro, pelo juízo dos donos do jornal e seus interesses comerciais e políticos. Sem que alguém tenha dito até agora se isso é legal ou não. Aliás, eles nem levantam a questão e nenhum jurista saiu a campo para esclarecer isso. O fato é que eles, barões da mídia, é que definem e decidem o que é legal e pode ou não chegar ao conhecimento do país.
Pois bem, o não apoio injustificado do PSDB a CPI do HSBC obriga cada vez mais a divulgação de todos os nomes de brasileiros que se envolveram no escândalo Swissleaks. Sob o risco de desmoralização das razões para essa decisão inédita da mídia esconder a totalidade (exceto os vazados) dos nomes dos que se beneficiaram de um escândalo.
Recusa do PSDB revela medo e que eles têm o que esconder
A prática é comum em todos os jornais, mas a Folha em especial tem sido useira e vezeira em violar todo e qualquer segredo de justiça sempre e quando tem acesso a dados da justiça. O jornalão da Barão de Limeira – como os demais – escuda-se no sigilo da fonte quando na verdade está colaborando e praticando  a violação do segredo  de justiça.
O não apoio do PSDB a investigação do período que eles governaram o país e dirigiram a Petrobras e a cobertura da imprensa minimizando esse fato coloca em evidência o temor e o medo tucano e revela que eles tem o que esconder.
Têm toda razão, portanto, os deputados Paulo Teixeira (PT-SP) e Zeca Dirceu (PT-PR) ante o comportamento dúbio do PSDB . “Onde anda a sanha investigativa do PSDB? Afinal, quem tem conta ilegal na Suíça para eles quererem proteger?”. Para o parlamentar paulista, “a recusa do PSDB é prova concreta de que, diferente do que diz o partido no discurso, os tucanos não querem passar o Brasil a limpo, não querem investigar corrupção. Dispõem-se a fazer isso apenas quando o objetivo é minar a credibilidade do governo, da presidenta Dilma e do PT”.
“O que move o PSDB e suas lideranças é uma guerra de cunho apenas político-partidário e eleitoral. É preciso desmascarar essa faceta do PSDB de defensor da moral e dos bons costumes”completa Paulo Teixeira.  Muito procedente, também, a lembrança do deputado Zeca Dirceu, de que a presidenta Dilma e o ex-presidente Lula sempre garantiram as investigações de qualquer tipo de crime, “doa a quem doer. Essa é a grande diferença entre o PT e o PSDB”.

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