sexta-feira, 24 de julho de 2015

Contas de Dilma podem furar a fila do Congresso


Renan e Cunha receberam o ministro do TCU, Augusto Nardes, em suas residências. Segundo jornal O Globo, ficou combinado que passariam a votação das contas de Dilma na frente das prestações de governos anteriores

A votação das contas de 2014 da presidente Dilma Rousseff podem furar a fila no Congresso, passando na frente das apreciações de contas de governos anteriores. O aviso foi dado nesta quinta-feira (23) pelos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ao relator do processo da presidente no Tribunal de Constas da União (TCU), ministro Augusto Nardes. As informações são do jornal O Globo.

Dilma entregou sua defesa na quarta-feira (22) e, um dia depois do recebimento do documento, Nardes procurou Renan e Cunha para consulta-los sobre a possibilidade de o parecer do tribunal sobre as contas de 2014 ser votado com prioridade, antes dos demais. De acordo com a reportagem, os presidentes das Casas legislativas afirmaram que isso será possível. A corte de contas deve julgar o processo na segunda quinzena de agosto, e, em seguida, encaminhar o parecer ao Congresso.

Renan recebeu Nardes em sua residência na manhã de ontem (23), onde também estava o ex-senador José Sarney. O ministro ouviu de Renan que o início da análise das contas de 2014 caberá ao Senado. Segundo ele, existe uma alternância entre as Casas para a apreciação. Segundo o jornal, o presidente do Senado prometeu divulgar um calendário de análise das contas de anos anteriores.

Cunha também abriu a porta de sua casa para o ministro. O peemedebista fluminense admitiu tanto a possibilidade de furar a fila quanto a de se fazer um cronograma de votações das contas de anos anteriores. Na residência de Cunha, também estava o deputado Hugo Motta (PMDB-PB), aliado de Cunha e presidente da CPI da Petrobras.

Desde 2002, o Congresso não analisa parecer do TCU sobre contas de governo. Estão engavetados prestações do segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, dos mandatos de Lula e dos três primeiros anos de Dilma.

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