domingo, 3 de janeiro de 2016

Cunha “tem que cair” após recesso, diz líder do PSDB

Para Cássio Cunha Lima, peemedebista faz "joguete" com país

Líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB) diz que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), “tem que cair” na volta do recesso como resultado de uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal). “Não pode um só cidadão fazer do país um joguete como vem fazendo Eduardo Cunha.”

Cássio Cunha Lima admite que há “dúvida” se a presidente Dilma Rousseff cometeu crime de responsabilidade, mas o Congresso tem a competência para julgar se isso aconteceu.

Na visão do tucano, existem provas de crime de responsabilidade que justificariam o impeachment da presidente. Segundo ele, ao mudar a meta fiscal de 2015, o governo tentou “limpar a cena do crime”. “Há crime de responsabilidade na veia”, diz, referindo a decretos de crédito suplementar se.

O senador tucano afirma que a oposição “continuará lutando pelo impeachment” no Congresso, mas “sem prejuízo de olharmos também para o que vem acontecendo na Justiça Eleitoral”. “São dois caminhos.”

A respeito da presidente, ele diz: “É fraca. Não consegue passar confiança. Enveredou por um caminho da inverdade, de forma deliberada, da mentira. Enganou o povo brasileiro dizendo que iria ajudar esse mesmo povo”.

Ao comentar a condenação em primeira instância do ex-governador Eduardo Azeredo, réu no mensalão mineiro, ele diz que o PSDB não desqualificará a Justiça, “como fez o PT todo esse tempo”. Afirma que foi uma estratégia legítima de defesa Azeredo renunciar ao mandato para tirar seu processo do Supremo e levá-lo para a primeira instância.

Em relação a acusações de corrupção contra o PSDB, como a retratada no acordo da Alstom com Justiça para pagar R$ 60 milhões a fim de evitar processo por propina no governo de Mario Covas (1998), o líder tucano diz que não há uma “grande autoridade” do seu partido envolvida. Ele diz que, no mensalão do PT e nos casos de corrupção na Petrobras, foi criada “uma organização criminosa” com expoentes petistas para o partido tentar se perpetuar no poder.

KENNEDY ALENCAR 
BRASÍLIA

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