sábado, 13 de abril de 2019

Presidente conta tudo sobre confusão no PSL e avisa: “Mesmo que a gente vá para o governo teremos candidato a prefeito”

O presidente do PSL, empresário Pedro Valério, contou hoje cedo ao Blog do Evandro Cordeiro(evandrocordeiro.com) todos os passos dos acontecidos nos últimos dias no interior do partido, depois que o ex-candidato a deputado Tião Bocalom decidiu exteriorizar o desejo dele e de um grupo da sigla de apoiar o governo Gladson Cameli (Progressistas). Houve troca de farpas pela imprensa e pessoalmente entre ele, Tião Bocalom, Fernando Lage e outros. Valério chegou a chamar o grupo de “comparsas” de Bocalom. Além de contar detalhes dessa confusão toda e da provável ida para a base da gestão progressistas, Valério avisou: “Mesmo que a gente se acerte, o PSL continuará trabalhando na criação de um candidato a prefeito para Rio Branco para as eleições de 2020”. Veja a entrevista na íntegra: 

Blog – Presidente Pedro Valério o PSL vem apanhando nas redes sociais por “negociar” a ida para o governo Gladson Cameli. O internauta enxerga as coisas assim. Mas o que de fato aconteceu?

Pedro Valério – Eu não negociei nada. Eu me insurgi contra uma manobra de eu votar no partido a decisão de apoiar o governo Gladson, ou não, sem que o governador sequer tivesse manifestado interesse nesse apoio. Eu sabia que por traz dessa manobra ardilosa do Tião Bocalom e seus comparsas visava tão somente entregar o PSL na base do governo em troca de cargos para ele e seus seguidores. Então, o que aconteceu? O governador ontem mandou um convite oficial. Quer o PSL na base do governo dele. E eu sempre dizia: se o governador manifestar interesse a gente abre discussão no partido. Então o que eu vou fazer? É ir visitar o governador com a comissão executiva e ouvir dele em que nível seria essa aliança. Porque, por exemplo: a mim, Pedro Valério, eu entendo que a aliança acontecer tem que ser uma aliança republicana, programática. Não pode ser uma aliança fisiológica em troca de cargos. Temos que ajudar o governo a governar. Queremos enxertar propostas de governo do coronel Ulisses no plano de governo do Gladson. Temos muito a contribuir.

Blog – Uma apoiando o governo é provável que o PSL adquira um espaço. Já tem ideia de que secretaria vocês querem. Em que lugar do governo se aboletar?

Pedro Valério – Eu me recuso a chegar no governador para tratar de cargos. Se a gente assim o fizer estaremos nivelando o PSL a mais um partido de aluguel, partido venal, partido fisiologista, diametralmente oposto ao que nós somos, um partido ideológico, liberal, conservador nos costumes, liberal na economia, um partido que visa um Estado mínimo, eficiente, com máxima eficiência na aplicação dos recursos públicos. Então nós somos frontalmente contra esse tipo de loteamento, o famosos toma-la-dá-cá.

Blog – Como está a questão dos cargos federais no Acre, levando em consideração que vocês são do partido do presidente Jair Bolsonaro?

Pedro Valério – Nós, lá em Brasília, estamos num cabo de guerra, fizemos as indicações, mas estamos num cabo de guerra lá contra deputados federais, senadores, com exceção do Márcio Bittar (MDB), que não indicou nenhum nome – pelo contrário, avalizou os nossos nomes. Não sabemos que tipo de resultado teremos. Se vamos conseguir dois cargos, três cargos, se não vamos conseguir nenhum, mas nossa ideia é pegar todos os cargos federais. Mas se o governo pensar diferente e resolver atender os nossos federais, é um direito do governo. Eu não vou poder fazer nada.

Blog – Com a adesão de vocês ao governo Gladson acabou o projeto de candidatura a prefeito do PSL para 2020 em Rio Branco?

Pedro Valério – Nunca! Nunca. Jamais. Se nós formos para o governo a ideia do PSL de lançar um candidato ela é inarredável. Nós estamos trabalhando numa aliança forte para lançar um candidato competitivo a prefeito de Rio Branco e a nossa meta é vencer em Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Tarauacá, Epitaciolândia, e mais uns três municípios. Temos muito a fazer pelo Acre elegendo nossos prefeitos e um grande número de vereadores para mostrara para os acreanos a nova forma de governar e uma nova forma de fazer política. 

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