terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Cerca de 150 trabalhadores de bares e restaurantes devem perder seus empregos após decreto, diz empresário

 Cerca de 150 trabalhadores de bares e restaurantes devem perder seus empregos após decreto, diz empresário

Pelo menos 150 funcionários de bares, restaurantes e lanchonetes devem perder seus postos de trabalho após o decreto que impõe o fechamento de estabelecimentos comerciais das 22h às 6h, a partir desta segunda-feira (25), no Acre, informou o empresário Neto Brito, dono do Tardezinha, ao Notícias da Hora.

O empresário conta que esteve reunido com seu grupo de gerentes e funcionários na tarde desta segunda-feira e decidiu demitir alguns de seus colaboradores.

"Infelizmente tive que dispensar 22 pessoas. São 20 país de famílias sem emprego. Porque esses atendiam à noite, e eu tenho o restante dos funcionários que atendem de dia, e com isso esses que trabalhavam à noite vão ficar 30 dias sem trabalho até a volta dos horários normais", afirmou.

O empresário Bernardo Rabelo também se sente bastante prejudicado. Ele afirma que a medida é injusta e cita que as filas para saques do auxílio emergencial na Caixa causam mais aglomerações que os estabelecimentos noturnos.

"Os donos de bares, restaurantes e promotores de eventos não são negacionistas em relação ao momento de pandemia da covid-19 e também não querem o mal da população, mas queremos o mesmo tratamento que o restante dos setores da sociedade”, diz o empresário.

O decreto

Apelidado de "toque de recolher", o decreto vale por 30 dias no Acre, e proíbe o funcionamento de estabelecimentos dos chamados serviços não essenciais, mas não impede as pessoas de saírem de suas casas. Aglomerações em espaços públicos ou privados estarão proibidas.

Restaurantes, pizzarias, lanchonetes e serviços semelhantes devem, durante o horário de proibição, atender via delivery.

A decisão do governador Gladson Cameli é tomada após o avanço dos casos de covid-19 no Acre e a superlotação dos hospitais com pacientes infectados pelo vírus. O governo espera que essa medida ajude a reduzir o crescimento da doença no Acre para que o estado não sofra à semelhança do Amazonas, Rondônia e interior do Pará, onde há falta de UTI's.

As instituições de Segurança pública (polícias Militar e Civil e Corpo de Bombeiros) vão fiscalizar o cumprimento do "toque de recolher" nas 22 cidades do Acre e estão autorizadas por lei a fechar os estabelecimentos que descumprirem o decreto.

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