Luciano Tavares, do Notícias da Hora
"Cameli não aceitará medidas politiqueiras de prédios públicos". É o que diz um texto extenso da assessoria de imprensa do governo enviado pelo WhatsApp a jornalistas do Acre se referindo a Major Rocha e ao ato do vice-governador de afixar na fachada do prédio da vice-governadoria faixas com acusações contra o governo e o governador.
As faixas foram retiradas pelo Gabinete Militar nesta quinta-feira (15). A medida do vice, que é oficial da PM, segundo o governo, foi "desarrazoada e contrária ao ordenamento constitucional".
O texto é mais um fragmento da famigerada briga entre o Major e o governador Gladson Cameli.
Segundo o governo, "medidas administrativas e, eventualmente, judiciais, serão tomadas após o vice-governador haver anunciado o fechamento de seu gabinete e afrontar a lei ao manter o uso de prédio e servidores públicos para promover desordens utilizando o patrimônio público para fazer proselitismo político e manter em ação o plano de usurpar o cargo do titular, governador Gladson Cameli (Progressista)".
"Embora venha, desde o início da atual administração, tentando desestabilizar o trabalho de Cameli e sua equipe através de ataques caluniosos e injúrias a respeito de práticas efetuadas pelo próprio vice-governador e alguns dos seus recrutas, como os casos de fake news já constatados pela Polícia Civil entre pessoas do seu gabinete, os planos do ex-tucano esbarram em acintes contra a justiça e ao erário público", acrescenta a assessoria.
Major Rocha, diz a nota, de maneira leviana afirma não ter estrutura de gabinete, porém conta com cargos de diretor, chefe de gabinete, chefe de departamento, técnico em contabilidade, assistente jurídico, gestor de políticas públicas, agente administrativo e agente da Polícia Civil, distribuídos entre Funções Gratificadas e CEC´s.
A nota continua: "As atividades de gestão? Essas não existem, pois desde que assumiu o governo em 2019 se utiliza da estrutura paga com dinheiro público para fazer viagens com diárias pagas a ele e a seus assessores para montar chapas do PSDB para prefeito em 2020, do qual saiu ridiculamente derrotado, e juntamente com sua irmã, a deputada federal Mara Rocha, não conseguiram 900 votos para eleger um irmão vereador da capital. Constam, ainda, no quadro de apoio administrativo ao gabinete do vice-governador em Rio Branco e Cruzeiro do Sul, 11 servidores civis".
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