sexta-feira, 6 de maio de 2022

Sete cidades do Acre tiveram parcelas do FPM retidas por não cumprimento de normas



Da redação do Notícias da Hora 05 Mai 2022

Um estudo da Confederação Nacional de Municípios, divulgado no último dia 4, revela que 7 cidades do Acre tiveram pelo menos uma parcela do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) retido pela Receita Federal do Brasil em 2021.

A CNM explica que “a retenção do recurso é semelhante ao sistema de cheque especial em um banco, pois, a partir do momento em que o recurso entra na conta, ele é automaticamente debitado. No que concerne aos descontos e às retenções do FPM, podem ser retidos em razão da dívida previdenciária, conforme previsto no art. 3º, § 10, da Medida Provisória (MP) 2.129-6/2001. Segundo esse dispositivo, o Município autoriza em cláusula do acordo celebrado que, caso falte pagamento de débitos vencidos ou de prestações de acordos com o parcelamento, haja a retenção do FPM e o repasse ao INSS do valor correspondente à mora, por ocasião da primeira transferência que ocorrer após a comunicação do Ministério da Economia”.

Em 2020, o número de municípios acreanos que tiveram o FPM retido é bem maior: 13 cidades. “É importante mencionar que os Municípios de pequeno porte1 são os mais atingidos pela retenção, o que é preocupante, uma vez que tem o FPM como principal fonte de receita. Dos 478 casos de FPM totalmente retidos, em 2021, 83,89% (401) são Municípios de pequeno porte, 8,79% (42) são de médio porte e 7,32% (35) de grande porte. Percebe-se que os Municípios de grande porte são os menos atingidos com a retenção, pois esses possuem outras fontes de receitas”.

Em todo o Brasil, foram repassados aos cofres municipais, no ano passado, R$ 104,3 bilhões de FPM e foram retidos R$ 5,7 bilhões pela Receita Federal do Brasil (RFB), o que corresponde a 5,54% do repasse total.

Para se ter uma ideia, em 2021, foram retidos quase R$ 35 milhões pelo INSS diretamente da conta do FMP. “Porém o repasse do FPM em 2021 foi maior. Sendo assim, pode haver um superávit para os gestores regularizarem a situação financeira junto aos gastos previdenciários”, conclui o estudo.

Por noticiasdahora.com.br

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