Por Redação AcreNews
A família do governador Edmundo Pinto promove missa na Catadral Nossa Senhora de Nazaré, nesta quarta-feira, 17, pelos 31 anos da morte dele, assassinado no exercício do mandato em hotel em São Paulo em circunstância até hoje indefinidas. A missa começa às 19h e as lembranças dele nessas datas ainda mexem com o acreano, sobretudo as gerações de 1970 e 1980, que conviveu com aquele jovem de carreira brilhante na política, iniciada no posto de vereador, passando pelo de deputado estadual e, por fim, governador.
Edmundo Pinto de Almeida Neto foi morto a tiros por três homens no apartamento 707 do Hotel Della Volpe Garden na Rua Frei Caneca na capital paulista, numa madrugada de domingo, aos 38 anos de idade. Os criminosos roubaram 500 mil cruzeiros (dinheiro da época) do apartamento que ele ocupava desde 14 de maio e ainda roubaram 1.500 dólares de John Franklin Jones, hóspede do apartamento 714 e funcionário do banco norte-americano Northeast. Jones disse para a polícia que os assaltantes eram três homens negros e seu depoimento foi um dos que permitiram a prisão dos criminosos.
O assassinato ocorreu menos de 48 horas antes de Edmundo depor na CPI do Congresso que investigaria suspeitas que o próprio governador foi dos responsáveis pela malversação de verbas para a construção do Canal da Maternidade com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) num caso onde citou-se o ex-ministro Antônio Rogério Magri, cujo envolvimento não se confirmou. Houve suspeitas também sobre disputas partidárias acreanas e até queima de arquivo. A polícia concluiu como latrocínio (roubo seguido de morte), já que houve luta corporal visto que Edmundo Pinto foi atingido por um tiro de raspão na cabeça e outro certeiro no coração.
Houve novas investigações sobre o caso em 1993 e 2003 e o mesmo foi alvo da CPI da Pistolagem em 1992, quando Gilson José dos Santos, um dos acusados de matar o governador, disse que recebera dinheiro para cometer o crime.
Por acrenews
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