O corpo do seringueiro cearense Benedito Januário de Aguiar, 74, desaparecido há 17 dias (releia aqui), foi encontrado na manhã desta sexta-feira (17) enterrado em um buraco de tatu canastra a cerca de 400 metros de sua casa, no seringal Albrácia, na colocação Esperança, onde ele morava sozinho.
Benedito foi visto pela última vez no último dia 31 de maio, depois de ter feito compras na cidade e haver, supostamente, recebido a quantia de 4 mil reais em dinheiro. Foi achado com uma corda atada ao pescoço, o que leva a crer que foi morto por enforcamento, sendo, em seguida, enterrado em uma cova rasa.
O desaparecimento de Benedito Januário foi percebido por vizinhos, que ao passar pelo local notaram sua ausência. Ao se dirigir à colocação, que fica em local de difícil acesso, agentes da Polícia Civil encontraram objetos pessoais, as roupas e a dentadura do idoso caída ao chão. Também estavam na casa as duas espingardas usadas por ele e algo em torno de 50 reais em dinheiro.
O corpo foi encontrado por volta das 10 horas da manhã, quando urubus foram avistados voando baixo sobre um determinada área da propriedade, dentro da mata fechada. Ao se dirigir ao local, o filho, Jorge, acompanhado de pessoas que o ajudavam nas buscas, entre alas o policial militar Orlando, acharam o buraco onde o cadáver foi ocultado.
O provável latrocínio está envolto em muito mistério. Não há testemunhas do crime e, por enquanto, nenhuma pista concreta que possa levar aos assassinos. O delegado Ricardo Castelo Rodrigues Casas começa a ouvir nesta segunda-feira um conjunto de pessoas que podem fornecer detalhes importantes para as investigações, como os moto taxistas que transportaram o seringueiro até sua casa (foto abaixo), vizinhos e a pessoa que teria lhe efetuado um pagamento de 4 mil reais.
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