segunda-feira, 30 de maio de 2016

Pacote de maldades incendiará o país

Por Altamiro Borges
Se for realmente levado à pratica, o pacote econômico anunciado nesta semana pelo golpista Michel Temer e por seu ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, deverá rapidamente convulsionar o Brasil. No seu conjunto, as medidas visam enfrentar a atual crise com um brutal arrocho dos trabalhadores e das camadas médias da sociedade para elevar os lucros dos capitalistas, principalmente dos rentistas. A alta burguesia, que orquestrou o golpe e manipulou os "midiotas", ficará com o bônus; já a ampla maioria da população entrará com o ônus. Só que o pacote de maldades é tão perverso que até setores das elites já temem uma explosão de revoltas nos próximos meses. A velha luta de classes, que alguns pragmáticos imaginavam ter acabado, pode atrapalhar a ambição dos golpistas.

Entre outras maldades, o pacote prevê a criação de um teto para os investimentos na educação, saúde, previdência e seguridade social. A medida fere a própria Constituição Federal, que fixou regras para a destinação de recursos públicos a estes serviços essenciais ao bem-estar da população. O objetivo do retrocesso é eliminar as atuais vinculações obrigatórias de gastos. Caso a crueldade do Judas Temer já estivesse valendo no país, os gastos de 2015 com estas áreas vitais para a sociedade teriam sido de R$ 600,7 bilhões, cerca de metade do R$ 1,16 trilhão contabilizado no período. Os resultados, evidentes, seriam mais filas nos hospitais, menos estudantes nas salas de aula e outras tragédias sociais. 

Na entrevista em que anunciou o pacote, o Judas Michel Temer argumentou que "as despesas do setor público estão em trajetória insustentável". Daí a urgência da maldade! O capacho dos rentistas nada falou sobre os gastos exorbitantes com juros da dívida pública, que enriquecem o 1% dos ricaços que vive da especulação financeira. A "austeridade fiscal", tão em moda na Europa devastada, atingiria somente os assalariados e camadas médias da sociedade. Na ocasião, o ministro Henrique Meirelles, queridinho do "deus-mercado", também anunciou que estuda mecanismos para reduzir a carga tributária dos grandes empresários e especuladores. 

Aumento da idade para se aposentar

Além da fixação do teto para os gastos na saúde e na educação, o "presidente interino" reafirmou que pretende fazer uma "profunda" reforma da Previdência Social. Em várias entrevistas, o seu desbocado ministro antecipou que o objetivo seria impor a idade mínima de 65 para a aposentadoria - inclusive para quem já está prestes a se aposentar. Como a iniciativa é explosiva, com efeitos devastadores na própria sustentação do governo golpista e nas eleições deste ano, o setor mais "político" do Planalto evita tratar do tema. Segundo uma notinha marota da Folha, "o governo já tranquilizou a sua tropa de choque no Congresso: só apresentará a reforma da Previdência depois das eleições municipais".

Também já está no forno a proposta que prevê extinguir os direitos fixados na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) - como férias, 13º salário, adicionais, entre outras conquistas históricas. A ideia é ressuscitar uma proposta derrotada do triste reinado de FHC, que previa a prevalência do negociado sobre o legislado. Na entrevista da semana passada, Michel Temer tocou de leve no assunto - também inflamável. Ele, porém, não vacilou em anunciar o fim da política de valorização do salário mínimo, que foi criada por pressão do movimento sindical num acordo firmado com o ex-presidente Lula. A chamada "desindexação do salário mínimo" já havia sido antecipada por Henrique Meirelles num convescote com "investidores" em Nova York, segundo revelou a revista Época

Entrega do pré-sal e outros atentados à soberania

Além destas medidas descaradamente antipopulares, o Judas Temer também anunciou várias ações contra o Estado nacional. "O presidente interino destacou que apoiará projeto aprovado pelo Senado que altera as regras de exploração de petróleo do pré-sal, retirando da Petrobras a exclusividade das atividades e acabando com a obrigação da estatal a participar com pelo menos 30% dos investimentos em todos os consórcios de exploração da camada. O projeto, de autoria do senador tucano José Serra, passou pelo Senado e será avaliado pela Câmara Federal", descreveu, excitado, o entreguista Estadão. A mídia colonizada festejou ainda a decisão de utilizar os recursos do Fundo Soberano, de acelerar o processo de privatização das estatais e de descapitalizar o BNDES.

A apresentação do pacote de maldades alegrou o chamado "deus-mercado", que exigia medidas duras e imediatas dos seus serviçais no assalto ao Palácio do Planalto. Ela também foi festejada pela mídia rentista, que já tenta embelezar a sinistra figura do Judas Michel Temer. O entusiasmo dos golpistas, porém, é contido. Eles temem que o pacote de maldades gere forte desgaste para o "novo" governo e incentive a ampliação dos protestos de rua. À questão democrática se juntaria a defesa dos direitos ameaçados. Há temores, inclusive, de que uma massiva onda de protestos reverta os votos no Senado no julgamento do "mérito" do impeachment de Dilma, previsto para setembro. Tudo indica que o país viverá momentos de forte tensão social, Os efeitos deste incêndio são imprevisíveis! 

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sábado, 28 de maio de 2016

Ex-governador Romildo Magalhães é homenageado nos 100 anos da PM


Sumido da vida pública, o ex-governador Romildo Magalhães reapareceu para ser homenageado na manhã desta sexta-feira, 27, com a medalha “Guardiões da Estrela Altaneira” pela Polícia Militar do Acre durante a solenidade de comemoração dos 100 anos da instituição. A cerimônia acontece em frente ao quartel da Polícia Militar.

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Romildo chegou cedo ao local da solenidade e foi convidado, por sugestão do governador Sebastião Viana ao comandante da PM, Julio Cesar, para tomar assento na fileira da frente ao lado das principais autoridades do Estado. O ex-governador foi cumprimentado por Sebastião Viana e demais autoridades.
Entre os mais antigos da corporação, Romildo é tido “como um pai para a PM”. Romildo Magalhães foi governador do Acre entre 1992 e 1995. Ele virou governador do Acre em 17 de maio de 1992, com o assassinato de Edmundo Pinto, do qual era vice.
A Polícia Militar também homenageou com a medalha “Guardiões da Estrela Altaneira” o governador Sebastião Viana, a vice-governadora Nazaré Araújo e outras pessoas presentes. A homenagem foi concedida a 100 pessoas.

Lula leva título de ‘Campeão Mundial na Luta Contra Fome’ pela ONU

Brasil sedia nesta segunda Dialogo Brasil-África sobre segurança alimentar. Já receberam o mesmo prêmio Ban Ki-moon e Kofi Annan.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é condecorado pela ONU com o título de 'Campeão
Mundial na Luta Contra a Fome',no Palácio Itamaraty (Foto: Ricardo Stuckert / PR)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condecorado nesta segunda-feira (10) pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o título de “Campeão Mundial na Luta Contra a Fome”. O Brasil sedia nesta manhã o Diálogo Brasil-África sobre segurança alimentar, com a participação de ministros da Agricultura de países africanos e representantes da ONU.

“Lula, você deu o que há de mais importante ao povo: esperança. O Brasil alcançou todos os objetivos do milênio. (...)”, disse a diretora-executiva do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PMA), Josette Sheeram, antes de entregar o prêmio ao presidente. Em seu discurso, ela citou programas do governo Lula, como o Fome Zero, e destacou que a luta contra a fome pode gerar crescimento econômico.

“Programas de combate à fome são um bom negócio, criam empregos e crescimento econômico. O Brasil demonstrou ao mundo que lutar contra a fome tem um significado econômico. O Fome Zero custa menos de 2% do orçamento nacional. Além disso, a luta contra a fome tem um sentido político positivo”, disse Sheeram.

A distinção “Campeão Mundial na Luta Contra a Fome” do PMA é entregue anualmente a lideranças que se destacam em combater a falta de alimentos no mundo. Entre os ganhadores anteriores do prêmio estão Kofi Annan, ex-secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU e Robert Zoellick, presidente do Banco Mundial.

Na abertura do Diálogo Brasil-África sobre segurança alimentar, o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, defendeu a atual política externa brasileira, que valoriza as relações com países africanos. “Tenho certeza que a cooperação entre o Brasil e a África nos tornará mais fortes e capazes de combater distorções”.

Fonte: Do G1, em Brasília

LIGA DOS CAMPEÕES, Real vence Atlético nos pênaltis e conquista a 11ª Champions

O Madrid dominou o primeiro tempo, aguentou a pressão do Atlético no segundo, sobreviveu à prorrogação e, nos pênaltis, conseguiu o seu 11º título na história da Liga dos Campeões. O duelo marcou a reedição da final de 2014, quando os madridistas também saíram campeões, e marca a consagração do agora técnico Zinedine Zidane, que assumiu um time desacreditado no meio da temporada e chegou à conquista.

SAIBA MAIS: http://esportes.terra.com.br/futebol/internacional/liga-dos-campeoes

A partir deste domingo, 29 de maio, números de celular do Acre receberão nono dígito


Os números de celulares do Estado do Acre terão mais um número a partir  de deste deste domingo, 29 de maio de 2016. Para fazer ligações ou mandar mensagens de qualquer lugar, será preciso discar o 9 antes do número do telefone.

ATÉ QUE APARECEU UM PARA FALAR A VERDADE SOBRE O CONGRESSO NACIONAL. JUNGMANN: ‘O CONGRESSO CHEGOU AO FUNDO DO POÇO’


Ministro da Defesa do governo interino de Michel Temer, Raul Jungmann afirmou que, "no Brasil, a saída das crises é pela mão da política, via Congresso, ou então tem retrocesso"; "Desde a saída de D. Pedro (imperador do Brasil), que foi costurada por dentro do Congresso da época, chegando à saída do ciclo militar e à saída do Collor, todas foram produzidas essencialmente dentro do Congresso. O problema é que o Congresso hoje é um Congresso, em parte, de réus", disse; na avaliação dele, "se há inteligência no Congresso, e eu acho que há, todos sabem que chegou ao fundo do poço"; “Político que enriquece na política só tem um jeito: roubou"

28 DE MAIO DE 2016 ÀS 17:04

247 - "No Brasil, a saída das crises é pela mão da política, via Congresso, ou então tem retrocesso. Desde a saída de D. Pedro (imperador do Brasil), que foi costurada por dentro do Congresso da época, chegando à saída do ciclo militar e à saída do Collor, todas foram produzidas essencialmente dentro do Congresso. O problema é que o Congresso hoje é um Congresso, em parte, de réus", avalia o ministro da Defesa, Raul Jungmann. Para o ministro, “político que enriquece na política só tem um jeito: roubou. Eu estou dizendo isso aqui, gravado”.

Questionado sobre como se governa com um "Congresso de réus", o ministro do governo interino, Michel Temer, afirmou que, "se há inteligência no Congresso, e eu acho que há, todos sabem que chegou ao fundo do poço". "Todos sabem. E essa baixa representatividade, esses descolamento que existe, ele é um convite a salvadores da pátria, a profetas, a descaminhos. É só olhar a história dos países vizinhos, e mesma a nossa história. As lições estão todas lá", disse ele durante entrevista ao Estadão.

Conforme uma das gravações, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) propõe uma articulação para “estancar a sangria” da Lava Jato. Ao comentar sore o teor da conversa, Jungmann disse que não daria uma resposta dirigida ao ministro Jucá, porque não quer prejulgá-lo. "É muito simples: não cabe sufocar, inibir, atrapalhar, desviar, paralisar, evitar o andamento da Lava Jato", acrescentou. Para o ministro, “político que enriquece na política só tem um jeito: roubou. Eu estou dizendo isso aqui, gravado”.

Acusações 

Em 2006, o ministro já foi denunciado pelo Ministério Público Federal, em duas ações por improbidade administrativa, uma cível e outra penal, supostamente cometida quando era ministro da Reforma Agrária do governo Fernando Henrique Cardoso. Jungman afirmou que "a penal já foi definitivamente arquivada, em 8 de novembro de 2011, a pedido do próprio Ministério Público, que não viu solidez na acusação".

Outra ação, a cível, continua tramitando, seja na primeira instância, onde está suspensa, seja no Supremo Tribunal Federal, a quem o ministro recorreu pedindo prerrogativa de foro - neste caso, o relator atual é o ministro Dias Tofolli.

O ministro disse que "faz quase dez anos que está no Supremo, já passou por cinco relatores, sem uma decisão. A pior injustiça é não ter um julgamento da Justiça". "Fiquei refém dessa morosidade. Aguardo a decisão – e espero que tenha o mesmo fim da ação penal: o arquivamento, por ausência de qualquer irregularidade ou prejuízo ao erário. Mas cabe à justiça decidir", complementou.

Leia a íntegra da entrevista