quinta-feira, 3 de março de 2011

Onde está Marina Silva?


POLÍTICA

Ela teve surpreendentes, espetaculares 19.636.359 votos no primeiro turno da eleição presidencial.
Aglutinou eleitores jovens, eleitores desiludidos com os grandes partidos, eleitores desejosos de mudanças na política brasileira.
Deixou de apoiar qualquer dos dois candidatos para o segundo turno, como que se resguardando para o que então se esperava ser a deflagração de um movimento por uma “terceira força”, fora do maniqueísmo PT-PSDB e fora dos esquemas de partidos carcomidos e viciados, como o PMDB ou o PTB.
Mas, passados poucos meses da eclosão do fenômeno, onde está, o que faz e o que pensa a ex-presidenciável Marina Silva?
Há uma presidente governando e tomando decisões. Há uma inflação retomando seu ímpeto ameaçador. Por causa disso, há cortes no Orçamento que atingem até programas sociais, mas muita gente de peso afirmando que eles são insuficientes.
Há juros em alta.
Há a perspectiva de o país crescer menos do que se previa.
Há, politicamente, uma pasmaceira na oposição PSDB-DEM.
Há um movimento pela constituição de um novo partido, biônico, encabeçado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, prestes a abandonar o DEM para juntar trânsfugas de outras legendas num tal PDB, que servirá para muitos políticos como uma espécie de pit-stop, antes de seguirem – a salvo da perda de mandato por infidelidade partidária, por se tratar de nova agremiação – cada um para seu lado, e a maioria para o lado do governo.
Diante disso, e de tantas outros temas de importância, o que tem a dizer Marina? O que ela pretende? O que ela propõe? Que fim levou a “terceira força”?
Há quase 20 milhões de eleitores que, muito provavelmente, estão se fazendo essa pergunta.
Marina precisa voltar ao palco onde foi colocada, em posição de destaque, por todos esses brasileiros.

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