quarta-feira, 29 de julho de 2020

SP: professores realizam ato contra a volta às aulas presenciais e por direitos trabalhistas

Para eles, a volta às aulas, em um momento de pandemia do coronavírus, significaria colocar em risco a vida de milhões de alunos e professores
29 de julho de 2020, 17:56 h Atualizado em 29 de julho de 2020, 19:36

Professora Bebel (PT) (Foto: Reprodução / @professorabebel)

247 - Professores da rede pública estadual de São Paulo realizaram, nesta quarta-feira, 8, uma carreata contra a volta às aulas presenciais no estado, prevista para retornar no dia 8 de setembro. Para eles, a volta às aulas, em um momento de pandemia do coronavírus, significaria colocar em risco a vida de milhões de alunos e professores.

Eles também pediram pagamento de salário e auxílio emergencial aos professores eventuais da rede pública, que são remunerados apenas pelas aulas dadas. Além disso, professores com faixas também realizaram uma passeata. A corrente Educadores em Luta exigiu que a volta às aulas presenciais só aconteça após o fim da pandemia e com o surgimento de uma vacina contra a Covid-19.

A carreata começou na Zona Sul de São Paulo, perto do Estádio do Morumbi e foi até o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Ela foi organizada pela Apeoesp, sindicato dos professores estaduais. Os carros tinham adesivos e bandeiras com palavras de ordem como "em defesa da vida" e "salário e auxílio emergencial já".

A presidente da Apeoesp e deputada estadual, professora Bebel (PT), disse que as escolas não têm estrutura para seguir o protocolo sugerido pelo governo estadual. "Existem escolas inteiras precisando de reforma. Tem escola que não conta sequer com uma pia nos banheiros, e muito menos papel higiênico. Como falar em protocolo de segurança?", afirmou.

Já o governo João Doria (PSDB) criticou os manifestantes e o sindicato afirmando que ele tem um “viés político e extremado”. Ele também declarou que a posição emanada dos educadores “não é majoritária do professorado de São Paulo, é parcial".

Ele ainda se colocou contra o pagamento dos professores eventuais."Não faz sentido que o dinheiro público seja utilizado para pagar quem não está trabalhando. E não é porque nós não desejamos: é porque as circunstâncias de uma pandemia não permitem", argumentou.

A Secretaria de Educação do estado endossou a crítica feita ao ato e disse "a educação deve ir muito além das motivações eleitoreiras desta carreata, que é norteada por princípios políticos obscuros em meio a mortos por uma pandemia".

fonte: brasil247.com

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