segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Luz, gás, combustível, alimentação vão pesar ainda mais no bolso do Acreano em 2021



Preço de serviços que não sofreram reajuste em 2020, deve subir acima da inflação no ano que vem e pressionar orçamento familiar junto com alimentos

Os alimentos, que pesaram muito no bolso do brasileiro em 2020, terão mais aliados para apertar o orçamento das famílias no ano que vem.

O grupo de itens com preços administrados ou monitorados – chamados assim por não seguirem as leis do mercado (oferta e procura) e serem controlados pelo poder público deverão voltar com tudo em 2021.

Com a pandemia do novo coronavírus, essa classe, que inclui despesas como energia elétrica, água, plano de saúde física, transporte público, combustível e gás, não sofreu uma grande alta, somente pequenos reajustes em 2020, e segundo especialistas deve ter os preços elevados no ano que vem.

Essa classe não sofreu grandes reajustes numa tentativa do governo de minimizar os efeitos da crise na vida do acreano.

O economista André Braz, coordenador do IPC do FGV IBRE, diz que por comprometer aproximadamente 30% do orçamento familiar “podemos dizer que haverá um empate desse grupo com os alimentos para pressionar a inflação e pesar no bolso do consumidor”.

Braz pontua alguns aspectos que devem influenciar nesse cenário:

• Não deve haver queda forte no preço da gasolina em 2021 decorrente do conflito comercial entre Arábia Saudita e Rússia. Essa crise resultou na queda de preço do barril do petróleo e, consequentemente, do combustível.

2020 teve eleições municipais e, normalmente, é um ano no qual não há revisão da tarifa de transporte público, No ano que vem, certamente haverá correção;

• As contas de água e de luz também devem sofrer reajustes no ano que vem. A energia elétrica já começou a pesar no orçamento nesse mês. Desde o dia 1 de dezembro está valendo a bandeira vermelha, que irá deixar as contas com um valor mais alto.

Juliana Inhasz, professora de economia do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa), concorda com Braz e diz que qualquer aumento de preço nas despesas essenciais das famílias terá um peso significativo no orçamento.“Muita gente perdeu o emprego ou teve redução de salário em 2020. O orçamento que já está apertado, deve ficar ainda mais no ano que vem.”Juliana Inhasz
por juruainformativa.com.br

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