quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Veja o que muda com o novo salário mínimo de R$ 788

O reajuste do salário mínimo, que passou de R$ 724 para R$ 788 no primeiro dia do ano, também aumenta o valor de benefícios e serviços que usam o piso como referência. Veja onde o aumento de R$ 64 (ou 8,8%) reflete.
Seguro-desemprego:
O aumento do salário mínimo reajustou o valor do seguro-desemprego – cuja parcela mínima passa de R$ 724 para R$ 788. O benefício foi instituído em 1990 e é concedido ao trabalhador desempregado sem justa causa.
Abono salarial:
O benefício equivale a um salário mínimo vigente, ou seja, subiu de R$ 724 para 788. O abono é pago anualmente aos trabalhadores que recebem remuneração mensal de até dois salários mínimos. Atualmente o dinheiro é pago a quem tenha exercido atividade remunerada por, no mínimo, 30 dias consecutivos ou não, no ano.
Contribuições ao INSS:
Para as empregadas domésticas que recebem salário mínimo, e que recolhem 8%, a contribuição passa de R$ 57,92 para R$ 63,04. A parte do patrão, que contribui com 12% do salário, sobe de R$ 86,88 para R$ 94,56. Se recolher as duas partes, pagará R$ 157,60.
No caso de quem aderiu ao plano de contribuição simplificada (para donas de casa e estudantes, por exemplo), o recolhimento ao INSS, que era de é de R$ 79,64 (11% sobre o mínimo), passa para R$ 86,68.
Seguro-defeso:
O seguro-defeso é um benefício de um salário mínimo pago para os pescadores que exercem atividade exclusiva e de forma artesanal. O valor é concedido nos períodos em que a pesca é proibida para permitir a reprodução da espécie. O benefício passa de R$ 724 para R$ 788.
Ações nos juizados:
O reajuste do mínimo ainda afeta o teto permitido para se ajuizar uma ação. No Juizado Especial Federal, por exemplo, pode entrar com ação, sem advogado, quem tem valor a receber de até 60 salários mínimos. De R$ 43.440, o limite passa a ser de R$ 47.280.
No Juizado Especial Cível, o valor das ações também é calculado com base no mínimo. Quem quiser entrar com ação que envolva até R$ 15.760 (ou 20 salários mínimos), sem advogado, está liberado. Em 2014, o teto era de R$ 14.480.
Com informações do G1


terça-feira, 6 de janeiro de 2015

SEE/AC publica lista dos aprovados em concurso


A Secretária Estadual de Educação e de Gestão Administrativa (SEE-SGA) publicaram nesta terça-feira, 6, o resultado do processo seletivo simplificado para vagas temporárias.
A publicação é referente aos editais de número: 050 e 051. Os aprovados irão atender o programa educacional Asas da Florestania e outros da rede de educação básica estadual.
A relação com os nomes dos aprovados podem ser acessadas no endereço eletrônico: www.diario.ac.gov.br
http://www.ac24horas.com/2015/01/06/seeac-publica-lista-dos-aprovados-em-concurso-provisorio/

Sancionada lei que dispensa idoso de perícia no INSS


anuncio SELO INTERNO

O projeto que deu origem à lei foi aprovado pela Câmara no mês passado (PL 7153/10). Para o relator da proposta na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), a mudança é uma questão de respeito com os idosos. “Fazer uma perícia médica é às vezes um grande sacrifício. Não tem condição de locomoção, não tem veículos apropriados e a perícia não tem peritos disponíveis para ir na casa da pessoa. Para facilitar tudo isso, passou de 60 anos, considera-se a aposentadoria por invalidez como definitiva sem necessidade de fazer nova perícia”, resume.

Elias Lacerda é marceneiro e tinha 50 anos quando uma máquina decepou parte de um dedo e deixou comprometido todo o movimento da mão. “A mão não fecha nem abre para pegar algo. Então sempre tive dificuldade de trabalhar em outro serviço”.

Dezenove anos depois da aposentadoria por invalidez, uma perícia do INSS determinou a suspensão do benefício, considerando o aposentado apto para o trabalho. Mas, aos 69 anos, Elias já poderia inclusive se aposentar por idade, benefício que não requer perícia. Ele entrou na justiça, a decisão foi revista e Elias voltou a receber sua aposentadoria normalmente.

O caso do marceneiro é um exemplo das repetidas perícias a que eram submetidas até hoje os aposentados por invalidez mesmo em idade avançada.

O presidente do Movimento Nacional dos Servidores Aposentados e Pensionistas, Edison Haubert, também lista os diversos inconvenientes para os aposentados que a nova lei vai evitar. “Ele tem dificuldade de caminhar e de se submeter a filas de espera. E ainda a perícia vem lembrar uma situação que ele não precisa lembrar todo dia, que é uma doença permanente, uma situação permanente. Deixando de fazer essa perícia aos 60 anos me parece que emocionalmente já traz um ganho.”

Quem ainda precisa de perícia
Só ficam mantidas as perícias periódicas para os aposentados que comprovam necessidade de assistência permanente e que por isso recebem um adicional de 1/4 do benefício; ou aqueles que pedem a perícia porque desejam voltar ao trabalho. Também ficam mantidas as perícias determinadas pela Justiça.

Agência Câmaraга 

Bancada do Acre em Brasília gastou mais de R$ 4 milhões com o Cotão em 2014

Bancada do Acre em Brasília gastou mais de R$ 4 milhões com o Cotão em 2014

Com o fim de mais uma legislatura da bancada federal do Acre, em Brasília, é chegada a hora de fazer os cálculos e saber quanto cada parlamentar custou ao bolso do contribuinte em 2014. Com dados disponibilizados pela câmara e o senado, ac24horas revela os nomes dos parlamentares que usaram e abusaram da Cota para Exercício da Atividade Parlamentar, o famigerado “Cotão”, recurso usado para subsidiar Transporte Aéreo, Cota Postal-Telefônica, Verba Indenizatória, gasolina e até TV à Cabo.
Durante os 12 meses de 2014, os deputados e senadores pelo Acre gastaram, juntos, mais de R$ 4 milhões com as despesas de gabinete, superando os gastos de 2013 em mais de R$ 300 mil, quando tiveram despesas de R$ 3,8 milhões.
O parlamentar que não hesitou em “estourar” o cotão foi o petista Taumaturgo Lima, que resolveu não disputar a reeleição para a câmara. O deputado gastou mais de R$ 464,8 mil e se tornou o parlamentar do Acre que mais usou os recursos disponibilizados pela secretaria da casa legislativa para despesas.
Na segunda posição, não tão distante do primeiro colocado, aparece a deputada e missionária Antônia Lucia (PSC), que foi derrotada nas urnas e não continuará no confortável clima de Brasília, com gastos acima dos R$ 458 mil.
Candidato derrotado ao governo do Acre nas eleições, o tucano Marcio Bittar (PSDB) é mais um parlamentar que não poupou recursos e gastou R$ 444 mil, ocupando o terceiro lugar na “lista dos gastões”. Este valor é superior em mais de R$ 100 mil em relação ao mesmo período de 2013, época em que o primeiro-secretário da Câmara utilizou apenas R$ 340 mil para custear despesas do mandato.
Na quarta colocação aparece o senador Sergio Petecão (PSD) que usou R$ 396 mil para bancar as despesas de gabinete, assessores e outras coisinhas mais em nome do mandato. Encostado no oposicionista, aparece em 5º o deputado federal Sibá Machado (PT) que também utilizou R$ 396 mil.
Na sexta posição, vem o nome do senador Anibal Diniz (PT), considerado por dois anos consecutivos como um dos parlamentares mais atuantes do Congresso Nacional. Diniz gastou R$ 373 mil. O petista não concorreu a reeleiçãoo. Ele ocupava a suplência do atual governador Sebastião Viana. A Frente Popular do Acre, aliança que abriga o agora jornalista, preferiu disputar o cargo com a deputada Perpétua Almeida (PCdoB), que perdeu para Gladson Cameli (PP) de lavada,
Eleito senador em 2014, Gladson Cameli (PP) deixa a Câmara com gastos superiores a R$ 361 mil e ocupa a sétima posição no ranking. Logo em seguida, o também senador Jorge Viana (PT) aparece na oitava posição com gastos na casa dos R$ 338 mil.
A deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB), aparece na lista na nona colocação com R$ 337 mil gastos com a estrutura de gabinete em 2014.
E nas últimas colocações aparecem os deputados federais Henrique Afonso (PV) e Flaviano Melo (PMDB). Afonso gastou R$ 299 mil e Melo R$ 279 mil.
Marcos Venicios, editor-chefe do ac24horasRio Branco, AC

Piso dos professores deve ser reajustado em 13%, diz CNM

Os salários dos professores devem ter aumento de 13,01%, segundo estimativa da Confederação Nacional de Municípios (CNM) com base nos critérios que têm sido adotados pelo Ministério da Educação (MEC). Com o ajuste, o salário inicial dos professores de escola pública, com formação de nível médio e jornada de trabalho de 40 horas semanais, será de R$ 1.918,16.

O cálculo está previsto na Lei do Piso (Lei 11.738/2008) que vincula o aumento ao percentual de crescimento do valor anual mínimo por aluno, referente aos anos iniciais do ensino fundamental urbano. Se por um lado existe a demanda de um piso cada vez maior, que garanta atratividade à carreira, por outro, há a dificuldade, principalmente dos municípios, na manutenção dos salários.
De acordo com o presidente da Confederação, Paulo Ziulkoski, o novo piso significará, no total, um aumento de cerca de R$ 7 bilhões nos gastos dos municípios. “Ninguém é contra o piso”, justifica, “mas o problema vem se acumulando, está tirando muito qualidade da educação, não tem dinheiro para reformar as escolas, dar infraestrutura”, diz.
O piso salarial passou de R$ 950, em 2009, para R$ 1.024,67, em 2010, e R$ 1.187,14, em 2011, conforme valores informados no site do MEC. Em 2012, o valor vigente era R$ 1.451; em 2013 passou para R$ 1.567; e, em 2014 foi reajustado para R$ 1.697,39. O maior reajuste foi 22,22%, em 2012.
Em publicação no próprio site, a CNM pede ao ministro da Educação, Cid Gomes, “sensibilidade para resolver o problema do reajuste do piso”.
Para o diretor de Assuntos Educacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, Heleno Araújo, o reajuste é necessário para que se cumpra o Plano Nacional de Educação (PNE), que prevê equiparar o rendimento médio dos professores aos demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência do plano.
“Esse reajuste é importante para alcançar a meta do PNE. Tem que valorizar a educação e os profissionais”, diz, enfatizando que muitos governadores, nas cerimônias de posse, afirmaram que o compromisso com a educação é forte.
De acordo com o MEC, o reajuste será oficialmente anunciado nesta semana.

Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil

Candidato à presidência da Câmara fará campanha no Acre

A campanha para a mesa diretora da Câmara dos Deputados já começou. E o Acre receberá nesta quarta-feira, dia 7, a visita do candidato favorito à presidência, o deputado Eduardo Cunha (PMDB –RJ). Ex-líder da bancada do PMDB, Eduardo Cunha é reconhecido pelas suas posições independentes, apesar de fazer parte da base de apoio da presidente Dilma (PT). Provavelmente o parlamentar carioca irá enfrentar o candidato do PT, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), que já presidiu a Casa. Mas a tendência é que o peemedebista consiga não só uma quantidade de votos representativos da maioria dos partidos da base governista assim como também da oposição. O PSDB, terceira bancada, já anunciou que apoiará Eduardo Cunha pela sua postura independente em relação às ordens do Planalto.

Sinal verde do PT O PT tenta articular uma candidatura própria. O principal motivo é que Eduardo Cunha, na legislatura passada, liderou várias situações de rebelião da base governista. O deputado do PMDB tem como plataforma um legislativo mais independente e isso desagrada terrivelmente o Planalto.

Palavra de Flaviano Melo O deputado acreano, um dos articuladores da vinda de Cunha, me disse o seguinte: “Acredito que ele deva ser o novo presidente da Casa. O Eduardo se tornou uma alternativa dentro da base do Governo. As suas posturas políticas agradam tanto alguns partidos da base quanto da oposição.”

Independentes Pode ser que haja mais de duas candidaturas à presidência da Câmara. Membros do PDT e PC do B pretendem criar uma alternativa para formarem um “bloquinho” dentro da Câmara. O polêmico deputado Bolsonaro (PP-RJ) pode querer também se aventurar na disputa.

Deputados acreanos convidados Além dos dois peemedebistas, Flaviano Melo (PMDB) e Jéssica Sales (PMDB), o Major Rocha (PSDB) também irá participar da reunião com o candidato em Rio Branco. César Messias (PSB) e Alan Rick (PRB) também devem aparecer.

AgendaEduardo Cunha dará uma entrevista coletiva à imprensa acreana às 8h30, na quarta, 7, no HOTEL Hollyday In, no centro de Rio Branco. Depois irá conversar com os deputados federais eleitos, que não são do PT. Vários prefeitos do interior do Estado também devem comparecer ao encontro.

PP poderá dar apoio O senador Gladson Cameli (PP) já confirmou que participará da reunião com Eduardo Cunha. Ele poderá influenciar para que o seu partido apoie o peemedebista na disputa da Câmara Federal.

Partidos expostos O TSE decidiu acabar com o sigilo bancário dos partidos. Agora, os bancos irão enviar ao Tribunal mensalmente os extratos das contas. Isso já é consequência do Petrolão. Segundo o ministro Dias Toffoli a medida visa controlar todas as doações recebidas pelos partidos.

Fim da farra do boi Os presidentes das pequenas siglas que recebem o fundo partidário não devem ter gostado da medida do TSE. Não poderão mais gastar conforme as suas conveniências. Terão que apresentar relatórios para baterem com o extrato bancário.

Siglas de aluguel A verdade é que a quantidade de novos partidos no Brasil virou uma pouca vergonha. A maioria sem representatividade política nenhuma só serve para as negociatas do poder. Os seus presidentes vivem gemendo e chorando atrás de “carguinhos” no Governo. Para acabar com essa “pouca vergonha” só mesmo uma Reforma Política urgente. Mas pelo andar da carruagem depois das eleições parece que o assunto já foi relegado ao terceiro plano. Vai ser difícil o Congresso Nacional legislar contra os seus próprios interesses. A maioria acha que do jeito que está é mais fácil para manter-se no poder.

Por Nelson Liano Jr.

Anos de conquistas renovam esperanças

2014 chega ao último dia. O que se encerra hoje não é apenas um ano – o primeiro ciclo de um governo liderado por Tião Viana e iniciado em janeiro de 2011.
Impossível avaliar o ano que finda sem mergulhar no que aconteceu desde os resultados que vieram das urnas em 2010.
O processo eleitoral daquele ano garantiu o triunfo de Tião Viana, mas trouxe diversos recados. O principal deles foi o da necessidade de se aproximar ainda mais do povo, de que muito havia sido feito, mas não contou com a consultar popular, de que o desenvolvimento sustentável tem que ser sentido por aqueles que habitam os locais mais distantes do Acre.
Tião Viana captou esse sentimento. Procurou concretizá-lo desde o primeiro dia de governo, por meio de programas que conciliam desenvolvimento econômico com qualidade de vida e conservação do nosso patrimônio florestal.
Durante os quatros anos de mandato, andou muito, conversou bastante e escutou as vozes das ruas das nossas cidades e florestas.
Foram quase 500 viagens aos municípios. Nunca na história do Acre um governante foi tanto ao interior.
Um governante, um líder, é medido pela capacidade de superar desafios. E foram enfrentados muitos. Vão desde questões econômicas a tragédias ambientais como a cheia histórica do Rio Madeira, que deixou o Acre praticamente isolado por mais de setenta dias.
Foram dos desafios políticos a ataques provenientes de forças não tão ocultas, que macularam a honra do governo, que feriram e marcaram vidas, sem apresentar provas.
O líder também é medido pela capacidade de sair mais forte de cada batalha e dos ataques sem demonstrar fraqueza, de enfrentar de cabeça erguida quem lhe ataca a honra.
Quem age firme e tem honra ganha o reconhecimento do povo. E foi isso que apontou o resultado das eleições deste ano.
O processo eleitoral de 2014 foi delimitado por um candidato que apresentou propostas de desenvolvimento contra uma oposição que ainda insiste na mentira, na falácia e nas agressões torpes.
Temos no Acre opositores que fazem do processo democrático uma guerra de ataques à honra e à destruição moral dos adversários. Não aprenderam com as sucessivas derrotas. O fracasso continua lhes subindo à cabeça.
Não compreenderam que governo e oposição devem andar próximos, separados apenas pelos princípios ideológicos, das ideias. É dessa forma que uma sociedade se fortalece.
Agora, que 2014 se despede, é o momento de festejar as conquistas, de celebrar os avanços e de projetar o futuro.
O quadro a partir de amanhã será diferente de janeiro de 2011. O governo de Tião Viana conseguiu renovar um projeto de Estado que caminha para 20 anos, apostando na experiência dos antigos com a formação de lideranças.
Só crescem aqueles que deixam crescer quem está no seu entorno. Quem não teme a força da juventude e o processo natural de renovação constante.
Os próximos quatro anos serão de muito trabalho e dedicação para a continuação da construção de um novo Acre. Tenho sentido que o governador Tião Viana continua com um eterno entusiasmo nupcial.
Vamos juntos em 2015!
Secretário de Estado de Comunicação.


Leonildo Rosas *

domingo, 4 de janeiro de 2015

STF terá ministro novo, vai analisar Lava Jato e julgar doações de campanha.

STF-edificio-sede
a sede do Supremo Tribunal Federal (STF), na Praça dos Três Poderes, em Brasília
Nome para vaga do Supremo deve ser anunciado em fevereiro
Tribunal decidirá sobre abertura de inquéritos da Lava Jato
Ação que proíbe empresas de doar a políticos deve ser concluída
O ano de 2015 será de grande movimentação para o Poder Judiciário em Brasília. Eis alguns dos fatos relevantes para o Tribunal já no primeiro semestre do ano:
1) Novo ministro: a presidente Dilma Rousseff deve anunciar o substituto de Joaquim Barbosa (que se aposentou precocemente, aos 59 anos, em 31 de julho de 2014) no início de fevereiro. É que só a partir desse mês o Senado estará funcionando e poderá sabatinar o nome indicado pelo Planalto.
A escolha de Dilma sinalizará como pode ser a tendência do STF em um julgamento rumoroso que o Tribunal enfrentará em breve, o dos acusados de corrupção na Operação Lava Jato;

2) Operação Lava Jato: uma das mais amplas operações de combate à corrupção no país descobriu uma teia de negócios ilegais envolvendo a Petrobras, empreiteiras, empresas em geral e políticos. Há cerca de 70 autoridades citadas que podem ter de ser julgadas pelo STF, pois têm direito ao chamado foro privilegiado. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve formalizar o pedido de abertura de inquérito contra essas pessoas em fevereiro. O rito da investigação, entretanto, não indica uma conclusão possível neste ano, como está demonstrado mais abaixo neste post;

3) Financiamento de campanha: seis ministros do STF já votaram a favor da proibição de doações de empresas privadas para campanhas políticas. O placar ficou estacionado em 6 votos a 1, pois em 2.abr.2014 o ministro Gilmar Mendes fez um pedido de vista do processo e o julgamento ficou interrompido.
Não há prazo para Gilmar Mendes apresentar seu voto, mas há pressão interna (no STF) e externa (de políticos) para que o ministro recoloque o caso em julgamento neste ano, garantindo que a mudança tenha validade na eleição municipal de 2016. Isso porque, pela legislação brasileira, qualquer modificação que provoque em alteração no processo eleitoral deve ser aprovada com pelo menos um ano de antecedência.
O caso se refere a uma ação direta de inconstitucionalidade (a Adin 4.650) apresentada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), argumentando que doações de empresas privadas a candidatos e a partidos políticos estariam em desacordo com a Constituição. A OAB contesta trechos da Lei dos Partidos Políticos e da Lei Eleitoral, que hoje permitem as doações para campanhas políticas.
Com o caso da Operação Lava Jato demonstrando que o dinheiro de empresas é um dos principais combustíveis da corrupção política-eleitoral, o julgamento da Adin 4.650 deve se tornar inevitável em 2015;

4) Ações de repercussão geral: além do provável inquérito sobre a Lava Jato e da Adin 4.650 sobre doações de empresas a políticos, o STF deverá se dedicar em 2015 a ações que poderão ter repercussão ampla para a sociedade. O próprio Tribunal publica uma lista com esses casos.
Entre os assuntos que poderão ser definidos pelo Tribunal está a ação que discute se integrantes do Ministério Público podem ou não participar ativamente deinvestigações criminais.
Outro tema que poderá ser definido pelo tribunal é a chamada desaposentação. Trata-se da possibilidade de um novo cálculo do benefício recebido se o aposentado retornar ao mercado de trabalho.
Também está na pauta do Supremo um caso em que serão definidas as regras de distribuição dos royalties do petróleo.
Outra decisão aguardada para este ano refere-se à necessidade ou não de autorização da família ou da própria pessoa para a publicação de biografias. Em 2013, foram realizadas audiências públicas no Supremo e a expectativa é de que o plenário resolva neste ano o assunto.
O INQUÉRITO DA LAVA JATO
Tudo considerado, o grande desafio de 2015 para o STF deverá mesmo ser a condução pela segunda vez na história de um inquérito criminal contra dezenas de políticos suspeitos de participação em atos de corrupção.

Pouco mais de um ano depois de ter mandado para a cadeia condenados por envolvimento com o esquema do mensalão, ministros do STF deverão voltar das férias, em fevereiro, com a notícia sobre o provável pedido formal do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para que seja aberta investigação contra autoridades suspeitas de participação em desvios investigados pela Operação Lava Jato.
Além das apurações feitas por integrantes do Ministério Público Federal que atuam na Justiça Federal da 1a Instância, no Paraná, Janot deverá basear o pedido no conteúdo de depoimentos do doleiro Alberto Youssef, que acusou dezenas de políticos, entre os quais, congressistas, de envolvimento com o esquema. Assim como Youssef, outros investigados pela Lava Jato, como o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, fizeram acordos de delação premiada em troca de eventuais reduções de penas.
As investigações de políticos deverão ser conduzidas pelo STF porque no Brasil autoridades, como deputados e senadores, têm direito a uma prerrogativa conhecida como foro privilegiado. Graças a isso, eles somente podem ser investigados e processados criminalmente perante o Supremo.
No caso da Lava Jato, o inquérito deverá ser relatado pelo ministro Teori Zavascki que, nos últimos meses, já vem tomando decisões relacionadas à investigação, como homologações de acordos de delação premiada.
CONCLUSÃO DA LAVA JATO SÓ DEPOIS DE 2015
A expectativa é de que o inquérito e o eventual processo contra autoridades suspeitas de ligação com desvios da Petrobras demore anos para terminar no STF. Essa previsão tem como base o caso do mensalão. Com certeza absoluta, nenhum político envolvido com a Lava Jato será julgado e condenado (ou absolvido) em definitivo ainda em 2015.

Basta comparar com o que se passou com o mensalão.
O esquema do mensalão foi revelado em 2005 pelo ex-deputado federal Roberto Jefferson. O inquérito foi registrado no STF em julho de 2005. Quase um ano depois, apenas em março de 2006, o então procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, denunciou 40 pessoas que, segundo ele, se beneficiaram das trapaças relatadas.
Apenas em agosto de 2007 (já 2 anos após o caso ter se tornado conhecido), o plenário do STF aceitou a denúncia contra os 40 acusados. Aí foi aberto um processo formal contra todos, que passaram a ser réus.
O julgamento e a condenação no caso do mensalão ocorreram somente no segundo semestre de 2012. No final de 2013, o STF julgou os recursos e, finalmente, ordenou a prisão de condenados –portanto, mais de 8 anos depois de todo o esquema ter sido revelado.
Há uma diferença agora entre a tramitação dos casos do mensalão e da Lava Jato. Até meados de 2014, o plenário do STF, integrado por 11 ministros, era o responsável por julgar as autoridades acusadas de envolvimento com crimes.
Uma mudança regimental feita pelo próprio Supremo em junho de 2014 transferiu para as duas turmas do tribunal, compostas por 5 ministros cada uma, a análise dos processos contra deputados e senadores. Foram mantidas no plenário apenas as ações contra o presidente da República e o vice, os ministros do STF, os presidentes da Câmara e do Senado e o procurador-geral da República. Em outubro, a Mesa da Câmara questionou a alteração por meio de uma ação direta de inconstitucionalidade (adi) a ser julgada pelo próprio Supremo.
É improvável que o STF reverta sua decisão. Os casos da Lava Jato devem mesmo ser analisados pelas duas turmas do tribunal. Esse novo procedimento pode acelerar um pouco a tramitação do processo.
Mas nunca deve ser desconsiderada a hipótese (muito provável) de que todos os políticos condenados nas turmas poderão recorrer ao plenário do STF. Nesse caso, em vez de ser um processo mais rápido pode acabar ainda mais lento do que foi no episódio do mensalão.
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CRIME BÁRBARO.

Coordenador da Álcool Verde é encontrado morto no banheiro de casa

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FUNADA É DENUNCIADA NO ACRE

Funasa no Acre é denunciada por engenheiro e pode sofrer varredura da Polícia Federal
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