segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Saiu na coluna da Angélica Paiva

 As Escolas públicas começaram a derreter..

 Passa boi

Dos R$ 163,3 bilhões à disposição do Fundeb em 2021, 10% irão para a rede privada, incluindo escolas ligadas a igrejas. Profissionais dos ensinos médio e fundamental da rede privada poderão ser pagos com dinheiro público, incluindo professores e profissionais das áreas técnicas, administrativas e os multiprofissionais, inclusive os terceirizados. Ou seja, os deputados aprovaram a diminuição dos repasses para a escola pública em benefício da escola privada. Com um agravante- o fundo é financiado por impostos municipais e estaduais. 60% dele vem do ICMS. Portanto todo mundo vai pagar pela manutenção de escolas da rede privada e não terá descontos em suas mensalidades- vai pagar duas vezes. A aprovação retira verba da escola pública sobre a qual derramam críticas. É fácil ser “liberal” com dinheiro público.

...passa boiada

Dividir a verba da educação básica com a rede privada equivale a rachar os recursos do SUS com a rede de Saúde privada ou com dividir o dinheiro das cestas básicas com os donos de restaurantes e o auxílio emergencial com o empresariado. A dose de exagero é proporcional à indignação dos que lutam pela justa distribuição dos recursos públicos e se embasa na “bolsa banqueiro” aprovada no Congresso, que injetou R$ 1,2 trilhão nos bancos sem que essas instituições facilitassem a vida do trabalhador. Vale ressaltar que existem no mundo 54 mil fundos de investimento administrados por bancos e corretoras de capital especulativo que movimentam em média 19 trilhões de dólares por ano. Recursos que não vão para investimentos produtivos- não geram empregos, salários ou renda do trabalho.

 Coluna da Angélica 

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