segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Campeonato indígena do caucho jogo entre equipes indígena

Em Tarauacá, Saúde realiza mutirão de cirurgias de laqueadura


Há 26 anos, as mulheres precisavam do consentimento do parceiro para realizar algum tipo de procedimento de esterilização voluntária, como a laqueadura. Além da burocracia que elas enfrentavam, como listas de espera e falta de atendimento, as mulheres ainda precisavam enfrentar a opinião pública.

O direito de realizar o procedimento é garantido pela Lei n° 9.263/96, para mulheres acima de 25 anos (independentemente de serem mães) ou com pelo menos dois filhos vivos no momento da cirurgia (independentemente da idade).

O governo do Estado, por meio da Secretaria de Saúde (Sesacre), realiza nos dias 18, 19 e 20 de novembro, um mutirão de cirurgias de laqueaduras no Hospital Sansão Gomes, em Tarauacá.

Parte da equipe de saúde que realizará as cirurgias de laqueadura. Foto: Waldiane Almeida

Serão realizadas 21 cirurgias de laqueadura na ala obstétrica Ethel Muriel Geddis.

“Essa ação é importante, pois garante os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, de acordo com a lei vigente, e demonstra o compromisso do governo com a saúde”, afirmou a assistente social e gerente administrativa da ala obstétrica do Hospital Sanção Gomes, Jara Isva Rodrigues.

Pacientes que passaram pela cirurgia de laqueadura. Foto: Waldiane Almeida

Relatos de pacientes

Luziene Santos, 26, paciente cirúrgica de laqueadura. Foto: Waldiane Almeida

Luziene Santos, 26 anos, maquiadora, é casada e tem dois filhos. Um dos filhos tem três anos e o outro apenas 11 meses. Ela conta que decidiu pela laqueadura por não querer mais filhos e por ter problemas com a medicação contraceptiva.

“Esse procedimento vai facilitar a minha vida, pois como eu não podia fazer uso de medicamentos de contracepção, passei um grande sufoco quando engravidei pela segunda vez, pois o meu primeiro filho ainda mamava. Fazer essa cirurgia no meu município é satisfatório, pois posso estar perto da minha família”, disse Luziene.

Lauana Leite, 30, paciente cirúrgica de laqueadura. Foto: Waldiane Almeida

Já Lauana Leite, de 30 anos, é viúva e tem cinco filhos. Esperava ansiosamente por essa cirurgia também. “Minha mãe já tinha realizado esta cirurgia e eu desejava muito fazer. Estou realizando um sonho”, declarou Lauana.

A paciente acredita que o mutirão de cirurgias ajudará muitas mães que moram na zona rural e desejam parar de ter filhos. “Agradeço a toda a equipe e espero que esse projeto continue, para ajudar outras mulheres”, completou.
Opera Acre

O programa teve início, oficialmente, em meados de 2019, mas foi suspenso devido à pandemia. A programação foi retomada em março deste ano, levando mutirões que acontecem ao menos uma vez na semana em todas as regionais do Acre.

O objetivo é reduzir o tempo de espera e a demanda reprimida de pacientes que aguardam por procedimentos cirúrgicos, além da realização de exames.

No total, estão sendo investidos R$ 2,8 milhões no programa, que já realizou mais de 8 mil procedimentos cirúrgicos, entre eles, de cabeça e pescoço, cirurgia geral, mastologia, ginecologia, laqueadura e ortopedia geral.

(Da Agência/Acre)

Rafael, o Rei das Capinhas, pode disputar a prefeitura de Tarauacá pelo PL

 

Faltando ainda dois anos para as eleições de 2024, os grupos políticos começam a movimentação e a apresentar os nomes que poderão ser pré-candidatos a prefeito da terra do abacaxi gigante.

Dessa vez, Rafael, conhecido como o Rei das Capinhas, poderá ser o pré-candidato a prefeito de Tarauacá pelo Partido Liberal.

Empresário, Rafael poderá receber o apoio do setor do agro em Tarauacá.

Por gilson amorim

Deputado estadual Manoel Moraes poderá apresentar o bancário Daniel como pré-candidato a prefeito de Tarauacá

 

O ex-vereador Radames Leite procurou a reportagem do jornal Extra do Acre na tarde deste domingo, 20, para dizer que seu grupo, juntamente com deputado estadual Manoel Moraes (PP), trabalha o nome do bancário Daniel como pré-candidato a prefeito de Tarauacá nas eleições 2024.

Faltando ainda dois anos para as eleições municipais, as forças políticas começam se articular para disputar a Prefeitura.

Por gilson amorim

sábado, 19 de novembro de 2022

19 de novembro - dia da bandeira nacional

19 de novembro

No dia 19 de novembro se comemora o Dia da Bandeira do Brasil, símbolo criado para marcar o fim do Império e o início da República no país. É por isso que a data é comemorada quatro dias após a Proclamação da República, ocorrida no dia 15 de novembro de 1889.



Jorge e Marina são anunciados para compor a mesma equipe na transição de Lula



O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin anunciou nesta quarta-feira (16) os nomes dos acreanos Marina Silva e Jorge Viana para a euipe do presidente eleito Luís Inácio Lula da Silva na transição de Governo.

Alckmin fez o anúncio na sede do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília, onde trabalha a equipe de transição, da qual é coordenador.

Marina Silva vai integrar a equipe técnica do Meio Ambiente ao lado de Jorge Viana. Além dos dois acreanos, Carlos Minc, Izabella Teixeira, José Carlos da Lima Costa, Marilene Correia da Silva Freitas, Marina Silva, Pedro Ivo e Silvana Vitorassi compõeem o time.

Na segunda-feira (14), o ex-governador Binho Marques foi anunciado para integrar o grupo da educação.

POR NANY DAMASCENO, DO CONTILNET

sexta-feira, 18 de novembro de 2022

Prefeita anuncia abertura do cadastramento do programa de melhoramento genético da pecuária



A prefeita Maria Lucinéia anunciou nesta sexta-feira, 18, abertura da fase de cadastramento para a inseminação artificial em bovinos. O anúncio foi realizado junto com o secretário de Agricultara, Narcélio Bayma, em entrevista ao radialista Albanir Morais.

O benefício aos produtores de Tarauacá, será por meio do programa, 'Mais Pecuária Brasil' que é de responsabilidade da Conafer, sendo a Confederação fomentadora dos recursos e encarregada da logística das doses para inseminação dos rebanhos bovinos dos produtores selecionados e enquadrados nos requisitos. A parceria foi firmada através de um Termo de Cooperação Técnica entre a Conafer e a Prefeitura de Tarauacá..

“Em Janeiro, já iremos iniciar a fase de aplicação da inseminação dos rebanhos bovinos dos produtores selecionados e enquadrados nos requisitos. Se você conhece algum pequeno ou médio produtor, basta apenas procurar a Secretaria de Agricultura para iniciar o cadastramento”, afirmou a gestora.


"Por meio da cooperação, a entidade se responsabiliza de entregar 600 prenhezes por ano, totalizando 2400 até o final do Programa. Cada uma delas, será confirmada através de diagnóstico de gestação feito por ultrassonografia no período de 60 dias após o ITF", afirmou o secretário da pasta Narcélio Bayma.

Assista o vídeo explicativo
Por assessoria

Polícia Civil tira identidade dos idosos do Lar dos Vicentinos de Cruzeiro do Sul


Por Marcy Bezerra, Extra do Acre.

A Polícia Civil, por meio do Instituto de Identificação no Juruá, coordenado pelo policial Jonas Souza, realizou nesta quinta-feira, 17 de novembro pela manhã, um trabalho social com idosos do Lar dos Vicentinos.

O benefício levado aos idosos asseguram o direito à dignidade humana.

“Foram 5 idosos que tiveram suas identidades renovadas de forma totalmente gratuito. Esse atendimento foi feito direto no local por se tratar de pessoas especiais que já contribuíram muito com nosso Estado. Nossos serviços de Identificação tem melhorado muito e seguem de forma tranquila no Juruá. Esse atendimento a domicílio acontece rotineiramente e, quase sempre, sou eu mesmo que vou ao local. Agradecemos a parceria da assistente social Alyfe Cristina”, destacou o agente de segurança.

Acre boliviano? Tratado de Petrópolis completa 119 anos


O documento assinado por Brasil e Bolívia previa a demarcação de fronteira entre os dois países.

Um Estado com raízes brasileiras: no dia 17 de novembro de 1903, em Petrópolis, no Rio de Janeiro, há 119 anos, o Acre tornava-se um território da República Brasileira.

Desde a chegada dos europeus ao continente americano, o Acre situou-se numa área pouco conhecida, e pouco habitada do Novo Mundo, a Amazônia Ocidental, que é uma região conhecida pelo seu difícil acesso, por dificuldades geográficas e também por, àquela época, povos originários isolados, e de que pouco se tinham conhecimento.

Referenciado no Tratado de Ayacucho, documento assinado por Brasil e Bolívia, que previa a demarcação de fronteira entre os dois países, a região que hoje corresponde ao Acre pertencia ao país boliviano por estar abaixo do determinado no novo tratado: abaixo do paralelo de 10°20′ são possessões do país andino, e o que estiver acima faz parte do Brasil.


Na foto é possível ver a borracha defumada, o “ouro preto” no rio. Foto: Reprodução/Arquivo Secom AC


Uma área pouco visada pelos dois países, a região que passava aos poucos a ter uma ocupação brasileira, por meio de ribeirinhos e seringueiros, despertou o interesse boliviano com a descoberta da seringueira, árvore da qual se extrai o látex, que serve para a produção da borracha.

A Revolução Industrial e o processo de vulcanização, que deu origem aos pneus, fez com que a corrida ao "ouro negro", como era chamada a borracha por conta da sua cor ao fim do processo de defumação do látex, acirrou os conflitos entre Brasil e Bolívia por aquela área que viria a ser o estado acreano.

"O território do Acre já existia com as convenções dos tratados de Tordesilhas e de Madrid, mas vincular o estado ao período dessas tratativas não é tão certo. O Acre só passa a, de fato, fazer parte da história contemporânea como território quando há uma ocupação política e social nessa região", conta o professor do curso de licenciatura e bacharelado em História da Universidade Federal do Acre (Ufac), Francisco Bento da Silva.

O historiador afirma que a história dessa região foi, em grande parte, feita a partir da perspectiva colonizadora, já que o Acre existia nos mapas como "terras não descobertas", apesar da ocupação histórica de povos originários naquele local.


Barão do Rio Branco, com Assis Brasil e chanceleres bolivianos, em Petrópolis. Foto: Internet/Divulgação

O Acre boliviano


Por conta das dificuldades geográficas, a Bolívia não exerceu sua soberania sobre o território acreano, visto que, para acessar essa área, corriam rios intrafegáveis, ao contrário do lado brasileiro, onde, já na descida do altiplano andino, tinha rios de correntes mais brandas, e que por isso facilitava o acesso a essa região.

Após a instauração e declaração da República do Acre, pelo jornalista espanhol Luís Galvez, que atendia a interesses regionais em iniciar uma revolução, o Estado Brasileiro prendeu Galvez e entregou novamente as terras acreanas à Bolívia.

A Revolução Acreana que durou de 1902 a 1903, incitou o governo federal brasileiro a assumir as tratativas com a Bolívia, após a nação andina arrendar aquela região para a companhia anglo-americana Bolivian Syndicate, organizada em Londres, e que previa a exploração econômica do local.

O Brasil então viu a sua soberania ameaçada pela presença das potências estrangeiras e decidiu negociar com o país boliviano o que viria a se tornar o Tratado de Petrópolis, que uma vez aprovado pelo Congresso Nacional brasileiro e assinado pelo Barão do Rio Branco em Assis Brasil, do lado brasileiro, e Fernando Guachalla e Claudio Pinilla, do lado boliviano, previu o pagamento de 2 milhões de libras esterlinas à Bolívia, livre navegação pelos rios brasileiros e a construção da ferrovia Madeira-Mamoré do lado tupiniquim, além da cessão de curtos trechos de terra na região do Mato Grosso.

O Acre, então, passa a ser um território federal, administrado diretamente pelo governo federal, e passaria ainda algumas décadas até se tornar um Estado em 1962, com o movimento autonomis.


Foto: Reprodução

História Acreana

O ensino da disciplina de História no currículo acreano é importante para gerar proximidade do aluno com o tema. Além disso, é um conhecimento que agrega à própria identificação como cidadão acreano e também para conhecer a própria origem do local onde vive.

O historiador e professor Fernando Ferreira vê a necessidade do ensino da História do Acre ter um peso maior no ensino básico.

"É importante que o assunto seja abordado no ensino básico de forma mais enérgica, fazendo com que os alunos vejam que as histórias do Acre também fazem parte da história do Brasil e do mundo, e que é importante estudarmos sobre os seringueiros, ribeirinhos e os povos indígenas, porque eles fazem parte não só da nossa história, mas do nosso presente e futuro", disse.

De acordo com Ferreira, a história acreana é importante, pois abre debates e conhecimentos sobre a importância da discussão de soluções na abordagem do conhecimento dos povos tradicionais.

PORTAL AMAZÔNIA COM INFORMAÇÕES DA AGÊNCIA ACRE

quinta-feira, 17 de novembro de 2022

Vereador Nonato Alves vai a Rio Branco a bem de saúde e aproveitou o tempo para conversa com deputado federal eleito Eduardo Veloso



O vereador Nonato Alves (MDB) esteve em Rio Branco (Acre) na semana passada a bem de saúde, onde fez umas consultas e nesse espaço o mesmo esteve nesta segunda-feira 14, cumprindo uma agenda com o deputado eleito a federal Eduardo Veloso do Partido União Brasil, e nessa conversa o vereador pediu ao deputado que olhasse com carinho para o município de Jordão já que o mesmo é um município isolado de difícil acesso.

O deputado perguntou ao vereador quais seriam os tipos de emenda viável para o município de Jordão e o vereador informou que seriam: pavimentação de ruas, construção de barcos para fazer o transporte de alunos e também para fazer o transporte de pessoas de Jordão para Tarauacá, já que a passagem de avião é muito difícil e as pessoas são de baixa renda e não tem como pagar passagem de Jordão a Tarauacá e vice-versa, esse foi um dos pedidos feito pelo o vereador Nonato Alves ao deputado eleito.

E na oportunidade o vereador lembrou também ao deputado do trabalho que já está sendo realizando que é Ação Visão em parceria com os médicos do Rio de Janeiro e que agora se precisa de apoio do deputado para que o projeto Visão possa ser realizado de quatro em quatro meses, ou seja, três vezes por ano e o deputado se comprometeu de ajudar sem nenhum problema.

O parlamentar pediu também apoio do deputado federal para que ele consiga levar a internet até às escolas rurais do município, por que a maioria delas ainda não tem e com a chegada da internet em cada escola, quem vai ganhar é a comunidade, os alunos e os professores e assim, sucessivamente.

Queremos lembrar que o Nonato Alves do MDB foi o único vereador de Jordão que teve um deputado federal eleito, com seu apoio que é o Eduardo Veloso do União Brasil.

Portanto, o vereador Nonato Alves agradece mais uma vez o apoio da população de Jordão e disse: “O meu trabalho como parlamentar é voltado para ajudar a nossa comunidade do município de Jordão seja de noite ou de dia, mas vamos buscar o melhor para todos”. Concluiu o vereador.

ESCOLA SEM RACISMO Educação pública deve ser colocada como vetor para o combate ao racismo, diz pedagoga

Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

O próximo governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá como um dos principais desafios colocar a educação pública no Brasil como vetor no combate ao racismo nas escolas. Essa é a opinião de Gabriela Mendonça, pedagoga, produtora cultural e uma das fundadoras da Jangada Escola no Rio de Janeiro, uma comunidade escolar que acredita na pedagogia do encontro e do fazer coletivo.

“Será necessário priorizar o combate ao racismo, intensificar e ampliar os investimentos públicos para que a ampliação da lei 10.639/03, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira, seja efetiva”, diz Mendonça, que ajuda na implementação de programa de letramento racial em comunidades.

Segundo ela, para isso ocorrer, o novo governo eleito vai precisar de “espaços amplos de debate e sensibilização no âmbito das gestões públicas e privadas, na formação de professores e adequação dos materiais e ferramentas pedagógicas disponíveis nas escolas”.

Novos ventos

A partir de janeiro de 2023, novos ventos trazem a Brasília a esperança de reverter os desastres na área durante os quatro anos da gestão de Jair Bolsonaro (PL).
Nos últimos anos, houve um crescimento de crianças não alfabetizadas e a maior parte foi entre alunos negros e pardos do que em estudantes brancos, segundo dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) Contínua Educação 2019, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O analfabetismo entre negros é três vezes maior do que os brancos.

De acordo com a pedagoga, isso ainda é fruto do racismo estrutural no Brasil que se organiza de diversas formas, inclusive nas escolas. O Racismo estrutural é um conjunto de práticas discriminatórias, institucionais, históricas e culturais dentro de uma sociedade que frequentemente privilegia algumas raças em detrimento de outras.
“Podemos, através da educação, desconstruir o mito da democracia racial. É um processo urgente e importantíssimo para reformulação do imaginário sobre igualdade e direitos, reconhecimento de privilégios e consequente e construção de práticas antirracistas dentro e fora das escolas, diz Gabriela.

Projetos contra o racismo na grade curricular

Para a pedagoga, além do cumprimento da lei 11.645/08, que torna obrigatório o estudo da história e cultura indígena e afro-brasileira nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, e sua consequente adequação curricular no ensino básico, é preciso colocar na grade curricular as linguagens artísticas, em especial a literatura, que criam oportunidades para práticas educacionais antirracistas.

“Faz-se necessário, porém, qualificar o olhar para a escolha dos títulos e atividades da escola e, para isso, acredito que inserir o letramento racial na formação inicial e continuada dos professores seja vital para uma atuação autônoma e verdadeiramente comprometida com a questão racial o ano todo”, pontua a professora.

Racismo e educação

Um levantamento feito pela ONG Todos pela Educação, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os percentuais de crianças pretas e pardas de 6 e 7 anos de idade que não sabiam ler e escrever passaram de 28,8% e 28,2% em 2019 para 47,4% e 44,5% em 2021, respectivamente.

Já o aumento do índice de não alfabetização em crianças brancas foi menor, de 20,3% para 35,1% no mesmo período. Isso acontece, segundo a professora, porque a escravidão no Brasil deixou sequelas profundas de desigualdades que acompanham a sociedade até hoje.

E para ampliar ainda mais a desigualdade, durante a pandemia de Covid-19, alunos/as negros/as e pobres foram os mais prejudicados com fechamento das escolas e sem acesso à internet e materiais didáticos. Gabriela explica que os temas do racismo e da educação se cruzam porque a sociedade brasileira precisa aprender sobre o que são relações sociais e sobre como a gente pode desenhar as relações raciais de igualdade. "Os dados mostram que o racismo e a educação no Brasil andam juntos, e que o racismo impacta na garantia do direito à educação das pessoas negras", pontua.

NOVO GOVERNO Trabalhadores(as) em educação vão compor o gabinete de transição do governo Lula

Fotos: Divulgação

Na tarde desta segunda-feira (14), o vice-presidente Geraldo Alckmin anunciou o gabinete de transição de educação do governo Luiz Inácio Lula da Silva. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) foi chamada para fazer parte desse grupo que irá estabelecer as prioridades para o próximo governo.

O presidente da CNTE, Heleno Araújo, foi convocado e irá representar o Fórum Nacional Popular da Educação (FNPE). Também foram convidadas para fazer parte do time a ex-secretária geral da CNTE e senadora eleita, Teresa Leitão; a deputada federal e ex-secretária de Educação do Mato Grosso, professora Rosa Neide; e a ex-secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação (MEC), professora Macaé Evaristo.

“Com certeza vamos levar o diagnóstico e as propostas que nós construímos nas etapas municipais, estaduais, distrital e nacional da Conferência Nacional Popular de Educação. Vamos trabalhar de forma insistente para que todas as entidades do Fórum sejam ouvidas. Vamos juntos com o presidente Lula ajudar a reconstruir o Brasil”, assegurou Heleno Araújo sobre o compromisso assumido.

Igualdade racial

Na última quinta-feira (10), a secretária de combate ao racismo da CNTE, Iêda Leal, que também é coordenadora do Movimento Negro Unificado (MNU), foi chamada para compor o grupo técnico de igualdade racial. O objetivo é debater as ações a serem desenvolvidas à população negra, que perdeu inúmeros direitos durante o governo Bolsonaro.

A equipe contará ainda com Nilma Lino Gomes, ex-ministra do governo Dilma Rousseff; Givânia Maria Silva, quilombola e doutora em Sociologia; Douglas Belchior, cofundador da Uneafro Brasil e da Coalizão Negra Por Direitos; Thiago Tonias, advogado da Coalizão Negra; Martvs das Chagas, secretário de Planejamento de Juiz de Fora MG); e Preta Ferreira, ativista pelo movimento negro e de moradia.

Em evento de governadores da Amazônia com Lula, Gladson destaca sustentabilidade e valorização humana


Em encontro na 27ª Conferência das Mudanças Climáticas das Nações Unidas (COP27), em Sharm El-Sheikh, Egito, no estande que compõe o Consórcio de Governadores da Amazônia Legal, nesta quarta-feira, 16, durante a entrega da Carta da Amazônia, o governador Gladson Cameli reforçou ao presidente eleito da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o compromisso de que o governo federal deve continuar tendo com todos os moradores da região amazônica.

Governadores da Amazônia Legal participaram de encontro com o presidente eleito. Foto: Pedro Devani/Secom


Cameli enfatizou que é preciso que os diversos agentes que participam da COP27 e que buscam soluções para o problema das alterações climáticas do planeta tenham em mente que a preservação da biodiversidade amazônica passa pela valorização humana.

“As pessoas que vivem na Amazônia precisam ter recursos para uma sobrevivência com qualidade de vida. E isso passa não só pela geração de empregos, mas também pela melhoria da nossa educação, da saúde pública, da segurança dos cidadãos e cidadãs, através de uma vigilância efetiva das nossas fronteiras”, completou.

Presidente do Consórcio de Governadores, Helder Barbalho abordou a importância das políticas de conservação e desenvolvimento sustentável. Foto: Pedro Devani/Secom

O governador disse ainda que é preciso fomentar uma economia verde produtiva e sustentável que atenda às necessidades de desenvolvimento da população.

“Isso é possível, como já estamos fazendo no Acre, com o agronegócio crescendo em terras já ocupadas. Coloco-me à disposição para que possamos realizar convênios, parcerias e investimentos que atendam às necessidades da população acreana. Assim como sou o governador de todos os acreanos, o senhor será o presidente de todos os brasileiros”, destacou.

O presidente do Consórcio de Governadores, Helder Barbalho (PA), ressaltou a importância estratégica da Amazônia para o desenvolvimento nacional. “Os governadores da Amazônia Legal reafirmam seu compromisso e seu espírito de cooperação em favor de políticas orientadas à conservação e ao desenvolvimento sustentável da região”, afirmou.

Carta da Amazônia foi entregue durante encontro realizado na COP27. Foto: Pedro Devani/Secom

O presidente eleito disse, em seu discurso aos governadores, que “assinaria a carta sem reparos” e se comprometeu a estabelecer o diálogo entre o governo federal, os estados e os municípios. “É preciso dar aos estados e aos municípios as condições de cumprir as obrigações constitucionais”, observou.

Participaram, ainda, da solenidade os governadores Mauro Mendes (MT) e Wanderlei Barbosa (TO). Como integrante da comitiva de Lula, a governadora Fátima Bezerra (RN) também esteve presente, além da futura primeira-dama, Rosângela Silva, a Janja, senadores, deputados federais e estaduais e secretários de Estado.

(Da Agência/Acre)

quarta-feira, 16 de novembro de 2022

Bocalom quer cada bairro fazendo a própria limpeza e recolhimento de lixo

 Acre Notícias

Um projeto de lei que chegou à Câmara Municipal de Rio Branco pode obrigar, caso seja aprovado, que as associações de moradores cuidem da urbanização de ruas, pintura de meio-fio, combate à dengue e até da jardinagem, além da preservação de áreas de proteção ambiental. Segundo moradores do Portal Ipê, e outros bairros, que foram […] ler mais

TARAUACÁ: MORRE AOS 91 ANOS, SEU VALDIMIRO LEÃO



Com pesar que familiares comunicam o falecimento de Valdimiro Lima Leão, 91 anos, soldado da borracha aposentado. Seu Valdimiro deixa 14 filhos, 120 netos, 30 bisnetos e 1 tataraneto. 

O Velório acontece em sua residência situada na Rua Epaminondas Jacome 270, Bairro Centro em frente ao Sinteac e o Sepultamento previsto para as 9 horas da manhã desta quinta- eira, 17/11/2022.

A família enlutada agradeee todo apoio que vem recebendo neste momento de dor imensa.

 

O governo do Acre, por meio da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) e do Instituto Socioeducativo (ISE), torna público o Edital N°43 Seplag/ISE , de 16 de novembro de 2022. O documento traz a classificação preliminar da 1ª e 2ª fases do concurso público para o cargo de agente socioeducativo.

O candidato disporá, unicamente, de dois dias para contestar o resultado preliminar da classificação preliminar da 1ª e 2ª fases do certame, exclusivamente mediante preenchimento de formulário digital, que estará disponível no site www.ibade.org.br a partir das 8h do dia 17 de novembro até as 18h do dia 18 de novembro, considerando-se o horário local da cidade de Rio Branco.

O processo seletivo visa à contratação, por tempo determinado de dois anos, podendo ser renovado uma vez por igual período, após a homologação final. No total, serão distribuídas 322 vagas, sendo 5% reservadas para pessoas com deficiência, distribuídas em cargos de nível médio e superior. A seleção será coordenada pelo Instituto Brasileiro de Apoio e Desenvolvimento Executivo (Ibade).

(Da Agência/Acre)

Com trajetória reconhecida na instituição, Tchê vai representar o Acre na diretoria da UNALE


Com trajetória reconhecida na instituição, Tchê vai representar o Acre na diretoria da UNALE
ASSESSORIA 14 Novembro 2022

Em todo estado, o povo é representado pelo Poder Legislativo, onde os deputados têm a função de criar e ordenar as leis, assim como fiscalizar as ações do Poder Executivo. As Assembleias Legislativas, também conhecidas como 'Casa do Povo' são onde aqueles que recebem essa missão se reúnem para discutir as propostas e certificar que tudo está de acordo com a Constituição Federal e Estadual.

Unificando as 27 Casas Legislativas em todo o Brasil está a Unale, reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) como a única entidade legítima que representa os deputados estaduais de todo o país, proporcionando a oportunidade diálogos sobre o resultados das ideias aplicadas em cada unidade federativa. É através da Unale que a Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) busca disseminar suas ações por todo o território nacional e acompanha projetos relativos que seguem em tramitação no Congresso Nacional.

Uma vez ao ano, a entidade organiza suas conferências, onde as pautas são debatidas e os parlamentares podem trocar as experiências sobre o que vem funcionando em outros estados para ser aplicado no Acre. O encontro é considerado a maior reunião de parlamentares da América Latina. Entre os nomes de grande prestígio nacional na Unale está o do deputado Luís Tchê (PDT), que por duas vezes já presidiu a entidade e por outros três mandatos já foi o secretário-geral.

O deputado — que foi reeleito no Acre — atua há mais de 20 anos na Unale e irá compor a nova diretoria a partir de 2023 como tesoureiro-geral. A escolha foi definida através de eleição durante a 25ª Conferência, que esse ano aconteceu em Recife, no Pernambuco, entre os dias 9 e 11 de novembro.

Na Conferência, Tchê compartilhou a importância da entidade permanecer evoluindo cada vez mais o lado tecnológico e, também, de estar mais próxima, não só dos deputados, mas também dos servidores legislativos.

“A Unale desde 2002, quando eu assumi, tem evoluído cada vez mais e continuaremos assim para tornar o parlamento estadual fortalecido e unido”, destacou.

O deputado também ressaltou a importância da participação do Acre no evento, enfatizando que muitas novidades serão apresentadas ao estado:

"Na eleição da Unale conseguimos a eleição para tesoureiro-geral da entidade, coisa que muito nos orgulha. Já tive a oportunidade de presidir a entidade por dois mandatos, depois três vezes como secretário-geral e agora a terceira vez como secretário-geral. Minha gratidão ao povo acreano, que me deu essa oportunidade de poder participar da Conferência da Unale e trazer para nosso estado a troca de experiência, o que para nós é extremamente importante. Teremos um próximo ano de muitas novidades".

Por indicação de Tchê, o Acre também terá outros representantes na entidade legislativa, como a deputada Antônia Sales (MDB), que será a secretária representando o estado e no Conselho Fiscal, onde estão os deputados Fagner Calegário (Podemos) e Luiz Gonzaga (PSDB), que já estava no cargo e foi mantido.

No encontro, foram debatidos desafios para o desenvolvimento das procuradorias legislativas estaduais brasileiras e também debates sobre gestão pública e perspectivas para os próximos quatro anos, com a presença de representantes do Poder Executivo como o governador de Goiás, Roberto Caiado (União Brasil), a governadora eleita de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB) e o primeiro governador reeleito do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB).

O debate girou em torno da importância da união dos poderes executivo e legislativo para o progresso da gestão pública, independente dos partidos políticos, do diálogo dos gestores com a população, da necessidade de um olhar mais sensível aos mais vulneráveis e o respeito às diferenças, do acompanhamento constante das mudanças da sociedade, da responsabilidade fiscal, assim como o compromisso com a democracia.

Fonte: noticiasdahora.com.br

Prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, aposta na amizade com vice-presidente Geraldo Alckmin e assim ter boas parcerias no governo de Lula



Prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, vice-presidente Geraldo Alckmin – Foto: Reprodução / Revista Voto

Mesmo sendo militante declarado da direita, o prefeito de Rio Branco Tião Bocalom (PP) se disse confiante em ter boas relações com o governo Lula.

Bocalom que atualmente é vice -presidente da Frente Nacional de Prefeitos brasileiros, afirmou que o que os gestores municipais esperam é que Lula possa dar continuidade as parceiras que Bolsonaro mantinha com as prefeituras. Bocalom ainda disse que está animado por ser amigo pessoal do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, com quem sempre manteve uma boa relação.

“Nós, prefeitos, só queremos que o presidente Lula possa manter as parcerias que o Bolsonaro vinha mantendo conosco, liberando recursos e facilitando a liberação de convênios. Quanto ao novo governo do presidente Lula, eu tenho uma amizade longa com o vice Geraldo Alckmin, que é uma pessoa que sempre me recebeu bem quando fui em São Paulo”, disse Tião Bocalom.

O prefeito voltou a confirmar que vai levantar 1001 casas populares em um único dia e que irá revolucionar a política habitacional de Rio Branco.

Fonte: https://3dejulhonoticias.com.br/

TARAUACÁ: JANAINA FURTADO PARTICIPA DE ATO DA ENTREGA DO FARDAMENTO AOS ALUNOS DA ESCOLA DELZUITE BARROSO

Nesta sexta feira, 11 de novembro, a Coordenadora Geral do Núcleo da SEE em Tarauacá Professora Janaina Furtado, fez mais uma visita à Escola estadual Delzuite Barroso localizada no Bairro Copacabana.
Na oportunidade e na presença da equipe gestora, professores, servidores administrativos e crianças, fez a entrega simbólica do fardamento escolar para os estudantes da comunidade.
"Em nome da Secretaria de Educação e Esportes do Governo do Acre, fazemos a entrega do fardamento escolar para nossas crianças e jovens da Escola Delzuite. Um compromisso do Governador Gladson em que todos os estudantes da rede estadual de ensino foram beneficiados", disse Janaina.
Janaina, na presença da diretora Alexandra, aproveitou para acompanhar o andamento da reforma da escola, em fase de conclusão, bem como a perfuração de um poço artesiano para fornecimento de água. "Essa é uma luta de mais de mais de 10 anos da nossa comunidade escolar que agora está sendo atendida e nós agradecemos", declarou Alexandra.

(Assessoria/Núcleo/SEE/Tarauacá)

TARAUACÁ: JOVEM QUE QUE CAIU DE PRÉDIO ONDE TRABALHAVA, ESTÁ ACAMANDO - FAMÍLIA PEDE AJUDA PRA CUIDAR DELE E DA FILHINHA DE 3 ANOS.


Há sete meses o trabalhador Rafael Bento da Silva, 34anos, caiu do prédio onde trabalhava. Desde essa data (7 de abril) que o mesmo se encontra acamado. Ao longo desse período, esteve em Rio Branco para receber tratamento e retornou para Tarauacá há dois meses. 
No momento Rafael está totalmente dependente da família para atividades básicas como higiene pessoal e se alimenta através de uma sonda nasogástrica .

Diante das dificuldades para custear despesas básicas a família está pedindo a ajuda da população de Tarauacá. 

Leia abaixo, o que diz a sua mãe em apelo emocionante. 

"Bom Dia.  

Aqui e a mãe do Rafael Bento da Silva. No dia 20 de Abril ele sofreu um acidente de trabalho quando caiu do prédio onde trabalhava. Já vão completar 7 meses que ele se encontra acamado. A gente passou 5 meses em Rio Branco e voltamos para seguir seu tratamento aqui em Tarauacá. A gente ainda não conseguiu fazer um benefício para ele. No momento a gente não tem muita condição de comprar material de higienização, material de alimentação, sendo que ele se encontra de uma sonda gástrica e só pode comer alimentos batidos no liquidificador. Agente não tem muita condição de estar mantendo. Principalmente na compra de fraldas que gasta muita e custa em média R$ 25,00 cada pacote. A gente não tem condições para comprar, pois, o custo e muito alto. Até o momento não saiu o benefício dele. Ele também tem também uma filhinha de 3 anos e no momento também não estamos podendo dar a  cesta básica para ela que ainda tomar mingau de aveia. No momento, não temos essa 'alimentaçãozinha' dela. Por isso que eu tô pedindo ajuda com alimentos, fraldas e outras coisas. Quem poder nos ajudar favor entregar casa da Dona Raimunda que é avó do Rafael, na Rua Raimundo de Souza Moreira, 434 ou na Pizzaria do Bezerra, na Justiniano de Serpa, 713. Sou a mãe dele, Maria José Bento conhecida por "Butata". Um abraço e que deus os abençoe".

Quem poder faze doações, a família precisa de: 

Alimentos: Leite em pó, iogurte, nutrilon de arroz ou aveia, arroz, feijão, macarrão, açúcar, creme de leite, frango, carne moída, cenoura, beterraba , batata, maça e abacate e outros alimento.

Higiene Pessoal: Fralda geriátrica G, sabonete líquido, hidratante corporal, talco barla, shampoo ante caspa, álcool 70, enxaguante bucal sem álcool, óleo de girassol e desodorante.

Locais para entrega das doações :

PIZZARIA DO BEZERRA - Rua Justiniano de Serpa, 713- 

CASA DA DONA RAIMUNDA - Rua Raimundo de Souza Moreira , 434 Bairro das Flores

Contatos: 

98406-6198 - família
9997751765 - Accioly (blog)

terça-feira, 15 de novembro de 2022

Pacheco defende a Lula tirar Bolsa Família do teto por quatro anos

Em reunião no Egito, presidente do Senado também pediu que líderes negociem com Alckmin tramitação rápida da proposta

Por Manoel Ventura e Eduardo Gonçalves, O Globo — Brasília

Rodrigo Pacheco se reúne com Lula durante a COP27, no Egito Divulgação /Ricardo Stuckert

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), discutiu nesta terça-feira com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), os detalhes da chamada PEC da Transição, Proposta de Emenda à Constituição que abre espaço no Orçamento para o Bolsa Família de R$ 600. O formato da PEC hoje tira o Bolsa Família do teto de gastos a um custo anual de R$ 175 bilhões.

Na conversa, da qual participaram outros senadores e integrantes da equipe de transição, Pacheco indicou a Lula que haveria dificuldades de o Congresso aprovar uma PEC retirando o Bolsa Família do teto de forma permanente, como queria o PT. Mas sinalizou que é factível que essa exceção dure quatro anos, durante todo o mandato de Lula, para evitar a necessidade de uma PEC todos os anos.

De acordo com interlocutores dos dois, Lula teria concordado com as ponderações de Pacheco, e defendeu a seus aliados retirar o Bolsa Família do teto por quatro anos. A duração da medida é hoje o principal entrave para o avanço da PEC. Especialmente o centrão, grupo político que apoiou o presidente Jair Bolsonaro durante as eleições, insiste num prazo definido de duração da PEC. O encontro ocorreu durante a Conferência do Clima da ONU, a COP 27, no Egito.

Durante a conversa com Lula, Pacheco ainda ponderou que a fórmula manteria o teto de gastos com essa única exceção. Só depois é que seria avaliada uma nova regra fiscal ou até mesmo a manutenção do teto nesse formato, com a exceção ao Bolsa Família. Porém, ele defendeu a Lula obter fontes de arrecadação para a PEC a partir do ano que vem.

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Ao GLOBO, o senador Wellington Dias (PT-PI) confirmou as tratativas com Pacheco. Dias faz parte do conselho político da transição e tem se reunido com parlamentares para elaborar um texto da PEC capaz de ser aprovada no Congresso até o fim do ano.

--- Nossa proposta original foi de excepcionalizar o o Bolsa Família, socorro aos mais pobres, de forma permanente e definindo valor a cada ano. Mas na agenda com Rodrigo Pacheco e outros líderes de partidos surgiu a proposta de limite para final de 2026 --- disse o senador, que considera a ideia uma "proposta do meio".

Uma das principais críticas feitas à PEC é que ela não prevê uma forma de financiamento de longo prazo, o que terá impacto sobre a dívida pública — o que mexe com juros, reduzindo investimentos das empresas. Integrantes do PT têm insistido que o crescimento econômico aumenta o PIB e a arrecadação, o que reduz a dívida e também o déficit público.

A PEC da Transição custará R$ 175 bilhões, valor que contempla a ampliação do benefício do Bolsa Família para R$ 600 e pagamento adicional de R$ 150 para crianças de até seis anos. Ao retirar a ação de transferência de renda do teto de gastos, haverá abertura de um espaço de R$ 105 bilhões no orçamento de 2023.

Hoje, só há recursos no Orçamento para um benefício de R$ 405. Assim, o PT tem pressa em aprovar a proposta (é necessário uma PEC porque o teto está na Constituição). Como forma de acelerar a tramitação, Pacheco ainda acertou que líderes partidários irão receber o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), para tratar do assunto nesta quarta-feira.

Alckmin deve buscar um acordo para aprovar o projeto diretamente em plenário, sem ter que passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), como seria praxe. O texto da PEC deve ser apressado nessas conversas.

Será ainda preciso discutir a PEC na Câmara, onde será necessário acordo com o centrão e o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).

O teto de gastos trava as despesas federais. Nos últimos anos, porém, foram aprovadas PECs para criar exceções ao teto e permitir gastos fora dessa regra. A ideia agora é aprovar uma nova proposta de Emenda à Constituição para criar uma nova exceção e retirar do teto toda a despesa com Bolsa Família.

Como já há R$ 105,7 bilhões para o Auxílio Brasil (que voltará a se chamar Bolsa Família) na proposta orçamentária de 2023, esse recurso seria remanejado para uma série de gastos. Na prática, portanto, a PEC terá um custo maior que o necessário para bancar o Bolsa Família.

O PT quer priorizar ações como a merenda escolar, Farmácia Popular, saúde indígena, habitação popular, pavimentação de estradas e conclusão de obras inacabadas. Os parlamentares discutem a possibilidade de discriminar os programas e total de verba a ser destinada no próprio texto da PEC, mas para técnicos envolvidos nas discussões, esse detalhamento deverá constar na lei orçamentária.

O maior foco de resistência a uma PEC com prazo amplo, seja de quatro anos ou permanente, vem do centrão da Câmara. Políticos do PT avaliam que isso é uma forma de manter o poder de barganha do grupo por mais tempo e para a reeleição do deputado Arthur Lira (PP-AL) para a presidência da Câmara — Lula pediu para o PT não apresentar candidato, de maneira a não prejudicar as articulações.

Uma PEC exige um esforço grande de aprovação, com a necessidade do apoio de 308 dos 513 deputados e dos 49 dos 81 senadores em duas votações em cada Casa.

Fonte: https://oglobo.globo.com/economia/noticia/2022/11/pacheco-defende-a-lula-tirar-bolsa-familia-do-teto-por-quatro-anos.ghtml?utm_source=globo.com&utm_medium=oglobo